sexta-feira, 21 de junho de 2013

De castigo!

Estava eu pronta para mais uma aula pelo Skype, ligo o computador e tenho uma surpresinha: é um barulho que parece uma turbina, são as teclas que resolvem apitar... simplesmente deu pane na minha máquina. E agora ela está no estaleiro.

Mais alguns dias sem postar por aqui. :-/



Atualização (27/06/2013): recebi a resposta da assistência técnica. Problema na placa-mãe! Claro que, pelo custo, o conserto não vai valer a pena. Vou ter que amargar mais um tempinho sem PC. Volto assim que puder!

Aos curiosos: minha agonizante máquina é um Dell Inspiron 1545, com 4 anos de uso. Que resolveu me abandonar assim, de repente... ao menos não perdi os dados do HD.


sábado, 15 de junho de 2013

Mais um post relâmpago - lojas húngaras

Esses últimos dias têm sido meio tumultuados e assim devem continuar por algum tempo. O resultado é que os posts mais elaborados vão ficando para depois... :-(

Tentando dar uma organizada no desktop e nos favoritos, encontrei o link de uma loja húngara em Londres. A não ser que você more lá, talvez não seja a informação mais interessante do mundo. Só que o vídeo é impagável! Edição, música épica... achei muito bem feito. Uma tentação para o pessoal cansado de fish & chips:


Quem estiver em Sampa pode conferir o Empório Húngaro.

Acabei de conferir a seção das geleias. Deu fome... então vou ficando por aqui. :-) Viszlát!

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Músicas - Emberek

O post de hoje é simples: alguns vídeos de música. Aqui vai uma que eu estava ouvindo hoje a caminho do trabalho. O nome é "Tábortűz":
Aqui outro vídeo, com a tradução da letra para o inglês:
Meio triste, não?

Emberek ("pessoas"), essa banda de nome curioso, era formada por Zoltán Miller (aí no vocal), Gábor Berkes e László Erdélyi (que deixou o grupo em 1996). Lançaram três discos entre 1995 e 1998.

Essa outra ("Süt a nap") é mais alto-astral:

Tem também essa aqui ("Száz út"), que vi em alguns vídeos de despedidas de turmas. Se a letra fala da variedade de caminhos que as pessoas acabam tomando na vida, tem mesmo tudo a ver:
É isso... hoje vou ficando por aqui. Viszlát!


domingo, 9 de junho de 2013

Filme: Puskás Hungria

Como escrevi neste post, o CCBB está apresentando uma mostra de filmes húngaros. Comi mosca nos primeiros dias e estou tentando recuperar um pouco o tempo perdido. Agora foi a vez de um documentário: Puskás Hungria ("Puskás Hungary"). 

Aqui vai uma parte (legendas em inglês); e aqui vai o trailer.

Eu mesma sabia muito pouco sobre a vida dele: sabia que foi o mais famoso futebolista húngaro e considerado um dos melhores do mundo, fez parte do grupo que encantou o mundo na Copa de 1954, tinha patente militar e... pouco se fala do "depois". Algumas referências ao fato de ele ter jogado no Ocidente e terminado a carreira mais velho, com problemas de sobrepeso... até o falecimento em 2006.

Só que a trajetória de Ferenc Puskás (ou Ferenc Purczeld Biró, seu nome de registro) foi bem mais interessante do que isso. O documentário segue uma ordem cronológica, um pouco quebrada no final, para mostrar como o garoto simples que jogava com bola de meia chegaria ao Honvéd, à seleção húngara e depois ocuparia outros espaços no futebol pelo mundo. Muitos depoimentos de amigos, parentes e do próprio Puskás. Às vezes esses depoentes falam diretamente para a câmera e às vezes os depoimentos são usados como narração. Fotos, gravações de época... a narração da final de 1954 com a Alemanha, com as frases de efeito do locutor, garantiu algumas risadas da plateia durante a sessão. Outra fonte de informação: as fichas de Puskás nos arquivos da época. É interessante quando o filme mostra as críticas escritas na ficha (por exemplo, sobre o "individualismo" do jogador/militar) e, logo em seguida, os depoimentos dos companheiros elogiando o espírito coletivo do amigo.

Os tempos eram duros e a repressão, fortíssima. A execução de um dos jogadores da seleção húngara, Sándor Szűcs, em 1951, tinha sido uma demonstração muito clara disso. Puskás e os demais jogadores também estavam sempre na mira do regime - fosse em território húngaro ou nas oportunidades de viajar para o exterior. Em 1957 os jogadores do Honvéd fizeram uma excursão na América do Sul, começando pelo Rio, e... bem, esse artigo no Terra Magazine conta mais e contextualiza o futebol da Hungria naquela época.

Depois veio o exílio, com um longo período sem jogar devido a uma punição da FIFA (mais aqui) e o crédito de confiança do Real Madrid. Puskás agarrou essa chance e construiu uma carreira de 9 anos no time. Agora conhecido como "Pancho", tornou-se um dos jogadores mais queridos por lá - o que não era difícil, com seu jeito bonachão e amistoso. Tentou também o comércio (chegou a montar um restaurante) e viu que não levava muito jeito para a coisa. Manteve-se no futebol, como técnico em diversos países, e conseguiu bons resultados - como a campanha do Panathinaikos, da Grécia, que chegou à final da Copa da UEFA em 1971. A passagem pela Austrália, o retorno à Hungria - onde morreria após ser vitimado pelo Alzheimer -, depoimentos de ex-jogadores como Beckenbauer, Pelé, Platini... isso também é mostrado em Puskás Hungria.

Gostei muito desse documentário. Esclarecedor, sem querer pegar o espectador pela mão para pensar no seu lugar. Mostra e provoca emoções sem explorar os depoentes. Edição muito boa. A versão brasileira tem alguns probleminhas nas legendas, mas nada que comprometa o entendimento do filme. Recomendadíssimo! E aos emotivos, um aviso: não se esqueçam da caixa de lenços!

Algumas observações:

- nos créditos finais vem a informação de que as duas netas de Puskás não falavam húngaro. Mais de uma vez tive a impressão de que os húngaros se sentem meio frustrados quando veem um descendente que não fala o idioma, numa espécie de sentimento de perda (comentei aqui).

- Pesquisando sobre a única filha, Anikó, descobri que ela faleceu em 2011, após lutar contra uma longa doença :-(     - mais aqui e aqui.

Ficha técnica: Puskás Hungria ("Puskás Hungary"). (2009). Direção: Tamás Almási. Documentário, 116 minutos. Versão com legendas em português.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Aviso aos navegantes - posts sobre bolsas, cursos...

Ultimamente o que mais tem trazido o pessoal aqui é a busca por informações sobre cursos de húngaro. Então não custa avisar: dei uma uma enxugada no post sobre cursos no Brasil. Aliás, mesmo quando fico um tempo sem escrever posts novos, volta e meia dou uma editada em posts antigos. Nem sempre dá para caçar todos os links quebrados e atualizar todas as informações, mas vou tentando. Beleza?

Também tentei atualizar algumas coisas no post sobre bolsas e convênios. Esse é mais difícil, porque muitas páginas direcionam para calendários e esses estão sempre sendo atualizados. Links expirados, páginas substituídas... para quem estiver interessado, a dica é voltar à página do Instituto Balassi. Fizeram algumas reorganizações/atualizações e está mais fácil pesquisar os procedimentos e regras sobre bolsas. O documento da chamada para 2013/2014 é um bom exemplo disso. Confiram lá!

sábado, 1 de junho de 2013

Filme - Último relatório sobre Anna

O Centro Cultural Banco do Brasil está exibindo a mostra "Geração Praça Moscou - O Cinema Húngaro Contemporâneo". Começou em Brasília em 28/05 e vai até 09/06. Depois vai para o Rio (11 a 23/06) e São Paulo (19 a 29/06). São 16 filmes produzidos nos anos 2000 e um debate com o tema "o pós-comunismo no cinema húngaro". Pelo menos aqui em Brasília, entrada franca; basta chegar com antecedência para pegar o ingresso. Procurei mais informações e não encontrei, mas parece que essa antecedência seria de pelo menos uma hora. Cheguei uns 50 minutos antes e foi tranquilo. Dei sorte: alguns outros horários estão bem concorridos. A média é de 2 ou 3 sessões/dia, em sequência.

Foi a primeira vez que vi um filme no CCBB. Sala pequena e aconchegante. Antes da sessão, uma funcionária dá as boas vindas e... bem, tivemos a informação de que o projetor digital não estava funcionando. Com isso a programação teve pequenas alterações - mas não para o filme de hoje, gravado em 35mm.

O filme de hoje começa com um flashback. Em 1991 os noticiários mostram as últimas tropas soviéticas deixando a Hungria e Péter Faragó explica fatos ocorridos em 1973. Cooptado pelos poderosos da época, a missão de Péter é viajar para a Bélgica e tentar convencer Anna Kéthly, dissidente política exilada, a voltar à Hungria - onde ela poderia ficar sob controle. Péter é sobrinho de Laci, um antigo namorado de Anna ("antigo" por causa da distância, mas Laci e Anna têm um vínculo importante e é difícil para ela lidar com as lembranças que voltaram com essa visita). Péter tenta conquistar a confiança de Anna, o que não é fácil; ainda recebe cobranças da embaixada, à qual tem que enviar relatórios periódicos. E, quando a esposa Kati recebe autorização para viajar à Bélgica (também numa estratégia do regime), as coisas se complicam ainda mais.

Assim é esse drama histórico - e é drama mesmo, sem os toques de comédia ou humor negro que comentei dos outros filmes. Trata de manipulação (e da consciência de sentir-se usado - ou inconsciência...), da fidelidade aos amigos e às próprias convicções... bem, um filme que vale a pena ser visto. [Se estiver tentando parar de fumar, fique esperto. Leve um adesivo, chiclete de nicotina, qualquer coisa. Como todo bom filme recente que reconstitui os anos 70/80, esse mostra muita gente fumando!]

Quem não conhece a história política da Hungria a partir dos anos 50 até hoje (confesso que não sou uma especialista) pode se perder um pouco nas referências, mas nada que realmente impeça o entendimento da trama. Achei legal a mescla de cenas de documentários da época. Das cenas do filme, uma das que mais me chamaram a atenção foi Anna correndo na neve ao sair do presídio. Não sei por quê...

Como a diretora dedicou o filme a Anna Kéthly, fui pesquisar e descobri que ela existiu mesmo! Aqui o artigo da Wikipedia. Aliás, um alerta sobre um detalhe da tradução: a legenda em português diz que ela era "contra a lei judaica". Para mim, isso quer dizer que a pessoa é contra as regras da Torá; mas, pelo que dizem os biógrafos, ela era contra a lei antissemita. É bem diferente... [obs: o filme foi exibido com legendas em inglês e português]

[Edit] Havia um trailer no Youtube (sem legendas), mas pelo visto foi retirado... :-( 

Filme completo (não consegui incorporar), sem legendas :-(

Ficha: Último relatório sobre Anna ("Utolsó jelentés Annáról"). (2009). Direção: Márta Mészáros. Duração: 103 minutos. Com Ernő Fekete, Enikő Eszenyi, Gabriella Hámori, Adél Kováts, György Faragó e outros. Distribuição: Hunnia Filmstúdió. 

Obs: nos outros filmes que comentei, evitei contar muito da história porque é praticamente impossível fazer isso sem spoiler; mas aqui acho que foi tranquilo.

Obs2: eu sabia que o Ernő Fekete não me era estranho! É um dos atores principais em Lora. Uma curiosidade: ele também é dublador em várias produções.