quarta-feira, 29 de maio de 2013

Meu kit de sobrevivência para o curso de verão

O título desse post ficou meio exagerado. Seguem algumas dicas de coisas que levei ou  ou gostaria de ter levado para o curso lá em Pécs. Obviamente essas listas são sempre muito pessoais: o que é absolutamente necessário para um pode ser inútil para outro, e tudo depende também do tempo que você vai ficar no local. Se você está pensando em encarar o verão no alojamento ou simplesmente viajar para qualquer outro lugar (que ventos do Google o trouxeram aqui?), veja as dicas e confira se fazem sentido no seu caso. Vamos lá?

- Adaptador de tomada: nem preciso dizer o quanto é útil quando se viaja ao exterior, certo? O blog Viajamos.com.br tem um ótimo post sobre os padrões adotados mundo afora.
Comprei um adaptador Sestini na Le Postiche do Liberty Mall, em Brasília. Já tinha procurado em outras lojas da rede - e em várias outras lojas de artigos para viagem, lojas de utilidades domésticas... - e foi difícil encontrar! Saiu por R$25 em julho/2012. Esse é um item meio chatinho de se encontrar no Brasil; parece que na Europa é um pouco mais fácil. Mas se puder levar logo na bagagem, melhor.

Obs: veja sobre as tomadas do alojamento aqui neste post.   

Atualização (set/2013): parecidos, mas não iguais! Comprei também o adaptador da Bagaggio. Confira o post!

- Classificador de documentos: usei uma pasta sanfonada plástica pequena (comportava papéis tamanho A5), que cabia na bolsa. Deixei tudo bem organizado para o caso de o funcionário da imigração querer saber maiores detalhes da minha viagem. Comprei na Kalunga e não lembro quanto foi. Uns amigos que iam viajar decidiram copiar a ideia e já não encontraram.  

- Dicionário de bolso: mais informações no site da Akadémiai KiadóComprei o meu na Libri da rua Váci (Budapeste) em 2009 por 2.550Ft. Nunca vi dicionários húngaro-português/português-húngaro à venda em livrarias brazucas; no máximo aqueles guias de conversação para viagem. E olhem que já procurei na Livraria Cultura do Conjunto Nacional - Av. Paulista e na Martins Fontes (também na Paulista, em Sampa city). 
 
 Pequeno (13,7cm x 9,8cm x 2,0cm) e prático para se andar com ele por aí, esse é o "dicionário para turistas", como é chamado pela editora. O site da editora já mostra uma edição mais atualizada. A referência é o português europeu. São 17.000 verbetes e 15.000 expressões

Esse dicionário é bastante fácil de se encontrar na Hungria. Qualquer livraria de rede (Libri, Alexandra, etc) tem para vender.

- Ferro de passar: muita gente tem talento para só comprar roupas que não amassam, ou não faz questão de usar aquela roupa passadíssima. Para quem é meio chata com essas coisas (presente!) ou simplesmente quer acelerar a secagem das roupas, uma boa dica é levar um miniferro para viagem. O Boszorkány tem lavadora e secadora mas, se quiser passar, você precisa ter o seu equipamento. Eu não tinha e acabei comprando um ferro a vapor no Interspar, que custou cerca de 3.500-4.000 Ft. Comprei o comum, pois não encontrei o de viagens :
 O manual vinha em 6 idiomas: húngaro, eslovaco, polonês e outros que não lembro. Nenhum que eu conseguisse entender...

Para não dar excesso de bagagem acabei deixando-o na casa do primo. Ele disse que ia guardar para quando eu voltasse. Então vou ter que dar um jeito de voltar à Hungria...

Reparem no plugue:
O plugue é meio "cabeçudinho" e se encaixa nas tomadas recuadas de lá. Também serve para as tomadas antigas brazucas, mas... não se encaixa nas novas tomadas ABNT NBR 14136. Para usar esse ferro na minha casa, preciso de um adaptador.

- Toalhas: para o curso de verão, uma toalha de banho e uma de rosto bastaram: eu lavava na máquina e, mesmo no tempo em que a secadora estava com defeito, dava tempo de secar no mesmo dia. O calorão não perdoava e a roupa secava rapidinho. Roupa de cama: estava disponível no quarto. Para lavar, é só deixar a usada na recepção e pegar um jogo limpo num carrinho de supermercado que fica lá. Eles explicam como funciona. Papel higiênico também é só pegar na portaria. Quando chegamos, o WC tinha um frasco (enorme!) de sabonete líquido para as mãos.

- Mini-ventiladores: não levei porque não sabia... até um dia ter encontrado essas belezinhas na Multicoisas:
Miniventilador de mesa. Dimensões frontais de aprox.15 x 15 cm

Ventilador de mão
Detalhe da hélice, feita de plástico molinho, e do esguicho

Ambos são da O2 Cool e made in China. O ventilador de mesa funciona com 2 pilhas tamanho D ou uma fonte 3VDC 500mA (que nunca encontrei em lugar nenhum... o jeito é usar pilhas mesmo). Custou cerca de R$85. O ponto negativo fica por conta da mola do compartimento de pilhas, que é rígida e dificulta a colocação das ditas-cujas.

Já o ventilador de mão é ótimo para os passeios. Funciona com duas pilhas tamanho AA e custou cerca de R$40. Vem com uma garrafa acoplada com capacidade de cerca de 200ml. 

- Água: já que toquei no assunto, vale a dica: beber muita água. Normalmente chego perto de 3 litros/dia e acho que lá passei dos 4 litros sem dificuldade. No começo eu bebia água engarrafada (os supermercados oferecem inúmeras marcas), mas depois de um tempo passei a encher as garrafas com água de torneira mesmo. Não se veem bebedouros dando moleza por aí. Na faculdade não vi nenhum, nem no dormitório.

Ao contrário do que acontece no Brasil, na Hungria o default é água com gás. Se quiser sem gás, você tem que pedir. Viu no rótulo: "szénsavmentes"? É sem gás. No começo eu não sabia disso e acabei apelando para as marcas compradas na seção de produtos infantis (é isso mesmo!):

 Água para bebê ou água para beber? [Sem graça, eu sei!]

A promessa desses produtos é fornecer os sais minerais de acordo com a necessidade dos bebês. Pelo que me disse uma amiga italiana, parece que na Itália também existe esse mercado. A água tem gosto de bicarbonato: é quase como se você abrisse uma garrafa de água gasosa e deixasse por alguns dias até o gás sair. Acabei preferindo a "torneiral" mesmo.

- Sacolas de compras: o comércio não oferece sacolas de graça; sacolas de supermercado devem ser compradas à parte. Uma opção, se você não quiser comprá-las no caixa, é levar sacolas de nylon dobráveis que podem ser encontradas na DM ou nas "euroshops" - lojas em que a maior parte dos produtos custa um euro; são mais sortidas que as lojas de 1,99 e têm alguns produtos de mercearia. As lojas de souvenir vendem sacolas de tecido de algodão (boa opção de lembrança turística); e no kit do curso vem uma sacola também.

- Lâmpada de leitura: comentei num dos posts sobre o alojamento que tinha achado os quartos meio escuros. As lojas de utilidades domésticas têm várias lâmpadas pequenas e portáteis. Vale a pena xeretar por aí.

- Despertador: hoje em dia todo mundo usa o celular. Se você não vai usar seu aparelho por lá, vai ter que garantir uma forma de acordar no horário. O bom e velho despertador resolveu meu problema.

- Calçados confortáveis: sabe aquela sandalinha de tiras superdelicada? E aquele sapato de salto que é "o poder"? Cada um com seu cada qual, mas eu sugeriria que você os deixasse em casa. A dica é: sandálias Havaianas. Não tem problema ir ao curso de verão com elas. Todo mundo ia de havaianas, inclusive as professoras. Depois de ver tanta gente com sandálias arrebentadas e pés com bolhas, você vai concordar comigo. Não sei por que isso aconteceu. Talvez por causa das ladeiras, ou alguma coisa (clima? Alimentação?) que cause retenção de líquidos no corpo... mesmo alguns dos meus calçados mais confortáveis deixaram bolhas terríveis nos meus pés quando os usei por lá. Então leve uns pares de havaianas daqueles bem estilosos e não se esqueça de caprichar na pedicure!

- Chapéu: sabe aqueles chapéuzinhos de turista? Não levei e senti falta durante as excursões. O sol na moleira não perdoa! Se você acha que os de palha ocupam muito espaço, leve um de tecido ou veja se vale a pena comprar lá.

- Uma peça de roupa com manga comprida: não precisa ser de lã supergrossa, uma blusa de algodão já resolve. Em duas excursões passamos em lugares com um microclima um pouco mais friozinho: entre 15 e 18 graus, coisa assim. Frio mesmo passei no aeroporto de Lisboa na viagem, e nem tinha necessidade. O programa "Boa noite Lisboa", da TAP, me dava direito a hotel. Vacilei...

- Balança para bagagem: ganhei de presente já depois da viagem:

Algumas coisas que talvez valha a pena levar:

- Cabo para internet: a internet do alojamento não é wireless, mas eles têm cabos na recepção. Você pode pegar um e devolver quando terminar o curso de verão. Quando fiz, havia em número suficiente para todos. Mas, se você for fanático por internet e quiser garantir... o plugue fica perto da escrivaninha, um cabo curtinho (1m) já resolve.

- Botas para trekking: levei um par de botas de cano curto que usei para fazer caminhadas nas colinas Mecsek. São ótimas porque ajudam a firmar os tornozelos e evitam que você pise em falso - ainda mais em terrenos íngremes e cheios de pedregulhos. O inconveniente: como é um tipo de calçado pesado e que ocupa muito espaço na bagagem, optei por viajar com elas nos pés. E aí vem a paranoia da segurança nos aeroportos, com os inspetores mandando tirá-las o tempo todo. Veja se vale a pena. Os tênis são necessários para as aulas de esporte e podem ser usados nas caminhadas, evitando os inconvenientes das botas; mas não são tão bons para firmar os pés e evitar acidentes.

- Alguns colegas fãs de hipismo foram a uns hotéis-fazenda, ou algo assim, onde podiam passar o dia praticando a preços camaradas. Não sei se eles oferecem luvas ou se você teria que providenciar. Um colega machucou as mãos e sofreu por alguns dias.

Bem, é isso. Vou ficando por aqui. Viszlát!

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