sexta-feira, 21 de julho de 2017

Rumo a Debrecen!

Peguei o Intercity, que depois de 2,5h me deixaria em Debrecen. Os trens saem de hora em hora. Muita gente desembarca em Cegléd e pega baldeações até Nyiregyháza ou cidades mais distantes. Pela primeira vez peguei um Intercity lotado.

No banco da frente viajavam uma senhora e seu netinho em fase de alfabetização. Ele brincava com um jogo da memória (em papel, que coisa nostálgica), batia papo com a avó, ela leu um pouco de uma enciclopédia para ele... só fofura.

Do meu lado sentou-se outra senhora que às vezes conversava com a da frente. Também puxou papo comigo, falei que ia fazer um curso de húngaro... fui praticando com ela. Uma dificuldade que tenho quando converso com os húngaros na rua é quando eles se empolgam para falar e vão usando um vocabulário mais complexo do que estou preparada para entender. O.O. Foi o que aconteceu, hehe!

No meio do caminho a avó e o netinho desceram e o lugar foi ocupado por um tipo meio estranho: carrancudo, parrudinho meio patola, umas tatuagens meio toscas e cicatrizes de faca e/ou queimadura na região do pescoço. Cabelo cortado com máquina e uma bolsa de viagem meio improvisada, costurada à mão. Às vezes ele batia a garrafa de coca-cola na mesa, golpeava o chão com a perna, arregalava os olhos, respirava fundo. Parecia querer chamar a atenção sobre sua presença ali. Principalmente quando um grupo de estrangeiros (tinham uns guias com textos em cirílico) começou a bater papo do outro lado do corredor.

Deu um pouco de medo viajar no assento em frente a esse sujeito: parecia que ele ia surtar a qualquer momento! Claramente não era uma pessoa equilibrada. Mas felizmente nada aconteceu. Cheguei em paz a Debrecen e o restante fica para o próximo post.

Viszlát!

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Chegada a Budapeste e pernoite - Sarokház Panzió

O avião pousou. Descer, esperar a bagagem, trocar euros por forint... só o suficiente para o transporte, já que o câmbio no aeroporto costuma ser ruim.

Aí começou um pequeno stress: na fila havia uns turistas gritando com a funcionária, que não deixava por menos. Barraco! O que eu menos queria para estragar a viagem. Então fui tirar dinheiro com o cartão VTM num terminal de saque.


Aqui vai uma dica: a máquina tem uns valores pré-definidos, sendo o menor deles já bastante alto: 100.000 Ft, o que deu 328,76 euros (+ 2,5 euros a taxa de saque). Essa taxa estava até um pouco melhor do que encontrei em algumas casas de câmbio por aí. O problema é que, dependendo do tempo que você for passar em Budapeste (se for uma viagem de fim de semana, por exemplo), talvez não precise dessa grana toda. Outro detalhe é que o saque foi em notas de 20.000 Ft, a mais alta em circulação (aliás, não me lembro de ter visto notas de 20.000 Ft em viagens anteriores... a mais alta era a de 10.000 Ft). Seria mais ou menos como uma nota de 180 reais. Não é em qualquer lugar que você consegue trocar... e de repente eu estava com 5 notas de valor alto!

Cédulas de 5.000 Ft (modelo antigo e, abaixo, o modelo novo), 10.000 e 20.000 Ft

Eu tinha pesquisado hotéis e pousadas perto do aeroporto. Peguei um táxi (vá ao guichê de táxis oficiais!!!) e já sabia quanto ia pagar. Fiquei num local chamado Sarokház Panzió.

Aqui uma observação: embora no mapa o aeroporto de Budapeste pareça bem central, ele fica longe de praticamente tudo! Os terrenos em volta são geralmente ocupados por hipermercados, empresas de logística, companhias que precisam de terrenos grandes e próximos ao aeroporto.
O táxi até a pousada saiu por 1500 ou 1800 Ft, não me lembro.

A Sarokház Panzió tem como principal atrativo o fato de ficar perto do aeroporto e é voltado a esse público. O café é pago à parte e custa 6 euros. Os preços são referenciados em euros e você pode pagar nessa moeda. A diária para uma pessoa custa uns 30 e poucos euros.


A pousada funciona em dois casarões vizinhos. Fiquei num quarto desses que parecem um sótão. A funcionária do horário da manhã era mais simpática que a da noite, mas ambas bem profissionais e responderam rápido aos e-mails que enviei antes da viagem pedindo para fazer a reserva.

A decoração das áreas comuns é bem, digamos, curiosa e eclética. A rede wifi funcionou bem, exceto na volta (também me hospedei lá pouco antes de pegar o voo saindo de Budapeste), quando houve um problema geral na internet da região.

O café... achei que poderia ter mais variedade, mas veio num momento certo e paguei os 6 euros sem problemas. Se você vai à cidade logo cedo, talvez prefira tomar um café mais tchan em outro lugar.

Algumas fotos: 








No dia seguinte à chegada peguei o transfer para a estação Nyugati por 20 euros. É longe mesmo... mas eu poderia ter ido à estação Ferihegy e tomado lá o trem para Debrecen.

Até hoje nunca entendi como funciona o transporte entre o aeroporto e a estação... o pessoal dos cursos até costuma enviar um "manual de instruções" com essa dica, mas realmente vacilei. Falando em "manual de instruções", vejam este post com dicas de como chegar a Debrecen.


Uma dica que vejo nesses "manuais de instruções" é sobre como pegar o trem direto do aeroporto. Bem, nunca fiz isso. Sempre fiz o esquema de chegar a Budapeste, pernoitar lá e no dia seguinte ir à cidade do curso (Pécs, Szeged, Debrecen). E, se você vai sair do Brasil para fazer um curso fora de Budapeste, recomendo que considere fazer isso. Por quê?

Um estudante que saia de outro país europeu vai levar no máximo umas 3 horas para chegar a Budapeste, e terá várias opções de voo. Já quem sai do Brasil tem que pegar um voo longo, que pode se atrasar, e uma conexão curtíssima em CDG, AMS, FRA... a margem de erro é muito grande e infelizmente as empresas estão com essa tendência de vender conexões curtas. Outra coisa é que, como Budapeste não é ponto de conexão, muitos voos que costumo pesquisar chegam lá no final da tarde ou à noite (17 ou 22h). Então, se você tiver algum problema, não dá tempo de pegar o trem para a cidade aonde você vai. E ainda periga ter que pernoitar no aeroporto.

Lembrando que em 2015 o voo para Budapeste saiu com um atraso de umas 3 ou 4 horas. Então é melhor estar preparada.

Viszlát!.

sábado, 15 de julho de 2017

O dia da viagem

Chegou o grande dia. Tirei 3 semanas de férias para conseguir acomodar melhor o período do curso dentro do tempo de viagem e não ficar tão corrido. Embarquei em Brasília numa quarta-feira, dia 17.

Primeiro tive problemas na maquininha do check in. Tive que pedir ajuda ao funcionário que ficava ali, ajudando um monte de passageiros com a mesma dificuldade. Na hora de imprimir as etiquetas de bagagem, uma surpresa: não imprimiu até Budapeste, e sim até Amsterdã. Então fui pegar a fila para despachar a bagagem - antes tive que passar por uma funcionária da triagem/leoa de chácara cuja função parece ser descobrir problemas que impeçam você de entrar logo na fila; essa funcionária disse que a informação da etiqueta estava correta e eu teria que redespachar a bagagem em AMS (gente, isso de despachar no primeiro destino é verdade em voos para os States, por exemplo; mas no Espaço Schengen você pega a bagagem no destino final).

No balcão aconteceu o seguinte:
- A moça disse que eu só teria direito a um volume. Detalhe: eu tinha comprado passagem antes das novas regras; além disso, os voos internacionais para fora da América do Sul ainda estavam valendo. Tive que mostrar o bilhete impresso pela agência com a discriminação de bagagem.
- Ela imprimiu as etiquetas até Budapeste. Disse que o sistema impedia que eu imprimisse para todos os destinos, já que parte da viagem seria feita no dia seguinte. Agora: como é que a moça da triagem não sabia disso?
Enfim... a verdade é que eu já vinha de algumas experiências ruins com a LATAM e não fiquei nem um pouco contente. Não que eles estejam preocupados com isso, né? :-D E também não que a Gol seja a oitava maravilha do mundo. Fazer o quê, né?

Desembarquei em Guarulhos e lá se vão 8 horas de espera. Eu ainda não conhecia o Terminal 3. Enorme!
Uma coisa que me chamou a atenção - porque não é muito comum em aeroportos - é que os frequentadores sofrem um certo assédio de pessoas estranhas às atividades do aeroporto. Veio uma moça falando em inglês pedir ajuda para uma organização de caridade.
No mais, gostei do novo terminal. Bem servido de lojas, áreas de espera e tomadas. Poderia melhorar um pouco a sinalização, para dar mais confiança ao viajante que tem que fazer longas caminhadas lá dentro.

O voo foi tranquilo. A comissária responsável pelo setor em que eu estava era uma simpatia. Às vezes falava meio cantarolando, uma figura! Gostei da comida vegetariana também.

O avião pousou e logo na saída do finger já havia funcionários olhando passaportes e perguntando o destino final. Apresentei meu passaporte húngaro (essa é uma novidade em relação aos outros voos! Tirei no final do ano passado) e achava que os cidadãos europeus simplesmente entrassem sem ter que explicar nada. Mas não.
Saindo do finger, a inspeção de segurança. Achei também mais meticulosa do que nos outros aeroportos, com revista manual em todo mundo. O que amenizou um pouco foi o funcionário do equipamento de raio X, piadista e figuraça. E por fim, andamos por várias partes de comércio até chegar à fila da imigração. Todo mundo pegou a mesma fila. De novo me perguntaram qual o destino final.

Em tese seriam cerca de 2 horas para a conexão. Com a pequena fila da imigração, é tempo suficiente, sim. E de qualquer forma, o voo para Budapeste saiu atrasado - assim como outros que estavam sendo anunciados para os passageiros daquele portão. Aliás, teve mudança no portão de embarque.
Achei o aeroporto de Amsterdã um pouco mais confuso e proporcionalmente acanhado do que os outros que conheci na Zoropa. No portão de embarque, por exemplo, as pessoas se apinhavam. Mas no fim tudo deu certo. Mais um voo e rumo a Budapeste!

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Preparando a viagem - passagem e seguro

Havia vários meses que eu estava de olho nos preços das passagens, principalmente pela TAP. A Air France já havia deixado de operar o voo Brasília-Paris, infelizmente.

Preços da TAP: terror feat pânico

Só que a TAP estava com preços absolutamente inviáveis! Enquanto as outras cobravam R$3300-3600 com taxas (o que eu já estava achando caro, pois havia pago isso 2 anos antes para viajar na altíssima temporada), a TAP estava cobrando incríveis R$6200!! E não estavam mais operando voos diretos Lisboa-Budapeste. Gente, e eu começo a pesquisar uma viagem logo que volto de outra. #soudessas

Resultado: faltando uns 4 a 5 meses para a viagem, vi que os preços não baixariam. Comprei a passagem pela KLM, que estava um pouco menos cara que as outras empresas. A viagem ficou BSB-GRU-AMS-BUD. Os detalhes eu conto num próximo post!

Outro ponto: seguro de viagem.
A moça da agência me ofereceu um seguro padrão para a Europa. Perguntei se tinha cobertura para a Europa fora do espaço Schengen, pois estava querendo fazer um bate-volta na Romênia (acabei não fazendo, chuifs!). E não, não tinha. Acabei fazendo um seguro da Affinity com cobertura geográfica mais ampla, que incluía a Romênia.
Moral da história: se você estiver pensando em visitar um país do espaço Schengen, principalmente se ficar perto da fronteira com algum país de fora dessa região, considere fazer um upgrade no seu seguro. Você nunca sabe que oportunidades de passeio podem surgir (como o bate-volta que fiz na Sérvia, por exemplo).

Por enquanto é só. Viszlát!

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Curso intensivo em Debrecen - introdução e inscrições

E aí, pessoal? (alguém aqui?)

Escrevi no post anterior que teria uma surpresa.
Como sempre, estou atrasada. No momento em que escrevia o primeiro rascunho deste post, estava esperando o avião que me levaria de volta ao Brasil.
Fiz um curso de húngaro de 2 semanas na Universidade de Debrecen. Foi no período de 22/05 a 02/06. A partir deste post, vou contar um pouco dessa experiência.

A primeira vez que comentei sobre os cursos de verão/inverno em Debrecen foi em 2012. Desde então, muita coisa aconteceu: fiz os cursos de Pécs e Szeged, aprendi também pelo Skype... e o curso de Debrecen ficava para depois, porque era sempre um pouco mais caro que os outros.

Lembro que uma vez eles publicaram na homepage do curso um texto explicativo sobre por que teriam que aumentar o valor (em euros); e nessa mesma época passaram a oferecer cursos de 1 semana e também cursos fora de temporada. Sim, passaram a oferecer cursos intensivos durante o ano todo. É a chance de escapar de preços e climas extremos. Bom demais, não?

O primeiro passo é decidir uma data e entrar em contato com a coordenação. Paguei antecipado por transferência bancária. A mesma história de sempre: já que tem taxa de inscrição para pagar antes, aproveitei e paguei tudo de uma vez para ver se ao menos diluía o valor da taxa (100 doletas a operação Swift) e não ficava tão frustrada.


A universidade tem parceria com um hotel perto do campus. Na ficha eles perguntam se você precisa de ajuda com a hospedagem. Dessa vez não fiquei no local de parceria, e sim em outro. Calma, que isso é assunto para outro post...

Outro ponto: na ficha de inscrição eles avisam que, se não houver pelo menos mais uma pessoa na sua turma, o curso de 2 semanas sai por 200 euros a mais. Na ficha você responde se aceita essa condição. Eu aceitei, mas não foi o caso: tive aulas em dupla. Isso mesmo! Uma turma de 2 pessoas. Depois comento mais sobre isso.

Diferentemente de Szeged, em que a coordenação fez vista grossa e permitiu que alguns alunos pagassem a inscrição já no início do curso, o pessoal de Debrecen parece ser mais metódico. Além disso, o livro é pago separadamente (20 euros) e ainda tive que pagar uma taxa bancária de 10 euros [não entendi... será que foi alguma transferência interna deles lá?].

Falando em "mais metódico", um detalhe diferente dos outros cursos foi que em Debrecen a gente assina um contrato.

Acredito que essas coisas tenham a ver com o fato de ser um programa com maior número de alunos, o que por sua vez deve ter relação com o fato de ser o curso mais antigo (desde 1927). De qualquer forma, é bom estar preparado.

O teste de nível é enviado alguns dias antes e achei bem puxado. Para minha surpresa, pelo tempo que estava enferrujada, fui até bem. A coordenadora queria me mandar um teste para o nível seguinte, mas pedi para ficar naquele mesmo.

Inscrição feita, esperando o dia do curso... o resto fica para os próximos posts.

Viszlát!

PS: Na secretaria do curso trabalham umas 4 funcionárias. Uma delas, a Ági, passou um semestre em Sampa dando aulas na Casa Húngara. Descobri porque vi uns produtos da Natura na sala. Os creminhos fizeram o maior sucesso. Uma delas mostrou uma bisnaga do Ekos açaí para mãos e disse que tinha virado fã. #ficadica

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Budapeste - comentários rápidos (ainda 2015) e virando a página

E aí, pessoal?
Neste post vou comentar algumas coisas rápidas sobre a passagem por Budapeste em 2015.

Fiz o curso de 3 semanas e tirei 28 ou 29 dias de férias, algo assim. Aproveitei uns 3 dias em Budapeste antes de voltar a Brasília. Não vou entrar em muitos detalhes porque a viagem foi há bastante tempo e o que não falta são blogs de viagens com muitas dicas.

Achei que tivesse comentado em algum post sobre o curso de Szeged que havia uma excursão opcional para Budapeste; bem, essa excursão é uma viagem de ida e volta no mesmo dia. A viagem de trem dura pouco mais de duas horas. Andamos um pouco na Praça dos Heróis, vimos por fora a Casa da Ópera, fomos ao castelo de Buda, andamos algumas vezes de metrô... enfim, fizemos o que é possível fazer em um dia do percurso turístico clássico Muitos lugares, como o mercado central, vimos só por fora e na correria. O que teve de diferente - pois nem todo mundo faz - foi a visita ao Parlamento por dentro.

Se você vai fazer o curso em Szeged e vai tirar pelo menos uns 2 ou 3 dias em Budapeste (provavelmente vai, já que o aeroporto é lá), sinceramente não sei se vale muito a pena esse passeio... é muito corrido. Vale pela companhia dos colegas e também se você quiser conhecer o Parlamento sem ter que se preocupar em agendar - já que a coordenação faz isso pela turma.

Quando terminei o curso, tive alguns imprevistos e precisei arrumar hotel na última hora. Era alto verão e estava na época do Festival de Sziget. Foi um sufoco e não consegui hospedagem para todo o tempo que ficaria na cidade. Tive que pernoitar num local e ir para outro no dia seguinte. Ambos ficavam fora do epicentro turístico de Budapeste. Vamos a eles:

- Jagello Business Hotel: site aqui. Situado no lado Buda (mais caro e íngreme), perto de um complexo empresarial modernoso. O foco são viajantes de negócios. Gostei da hospedagem, do atendimento e só saí porque não teria vaga no dia seguinte. Obs: o ar condicionado é central. Se ajustar a temperatura é importante para você, pese isso na sua decisão.




- Karin Hotel: site aqui. Esse hotel na verdade é uma mistura de pensão familiar, pousada e apart hotel (!). Não fiquei no casarão principal, e sim numa outra unidade que eles mantêm ali por perto. Fica em Újpest, um distrito que desconfio ter sido um município "engolido" por Budapeste durante o seu crescimento. Para ir à cidade é necessário pegar ônibus e metrô (eles dão um folheto que explica bem direitinho); ou seja, é bem longe do fuxico da cidade. Perto do metrô existe um centrinho de comércio.
Apesar dessas desvantagens do isolamento, achei um local excelente para viagens em família: tem cozinha, quarto e uma pequena sala numa região residencial. Você praticamente consegue "morar" na cidade enquanto está lá. Apenas não se esqueça de sair antes das 11, quando fazem o checkout, hehe! Ah, eles também têm transfer para o aeroporto. Sai caro - em torno de 8000 forint -, que parece ser um preço meio padrão.











Sobre os passeios: como eu já tinha feito a excursão com a turma e na verdade já tinha feito um superpasseio com algumas pessoas da família uns anos antes, aproveitei para me concentrar nas imediações do mercado e da Váci ucta mesmo. Também me juntei a dois grupos de passeios "free walking tour", naquele esquema em que você escolhe quanto pagar ao guia. São vários grupos que oferecem esse tipo de serviço:

- Free Budapest Tours: (site): tem tour geral, tour político, caminhada pelo bairro judeu, tour em espanhol... fiz o tour em espanhol sobre comunismo com uma guia chamada Martina. Recomendo!

- Free Walking Tour (trip to Budapest): site. Fiz um tour (em inglês) no bairro judeu. Hoje é um lugar hipster, com grafites interessantes. A guia era da comunidade judaica e deu uma verdadeira aula.

Embora o tour do bairro judeu tenha sido interessante, não consegui aproveitá-lo tão bem como o tour sobre comunismo: o grupo era maior e confesso que minha compreensão de inglês nem sempre ajuda. Se puder escolher entre dois tours sobre o mesmo tema - um em inglês e outro em espanhol, fico com o segundo. Além de ser mais fácil de entender (para mim), existe outra vantagem: os grupos são menores, o que facilita chegar perto do guia e escutar o que ele diz; e o grupo de turistas geralmente tem mais química, já que tem mais possibilidade de serem nativos de países que falam o idioma do tour - e com isso acaba aparecendo mais assunto. Eu mesma bati papo com um arquiteto mexicano e alguns amigos dele que também fizeram o tour comunista.

A experiência "ahn?" da viagem ficou para o pernoite que fiz no aeroporto (sim, pelo horário do voo tive que passar a noite lá) quando, escutando rádio, eis que do nada toca essa música O.O

E, falando em aeroporto, uma dica que não vi nos blogs: tem um supermercado lá! É uma unidade do Spar. Não fica no terminal dos voos internacionais, e sim no terminal 2B - no piso inferior, do desembarque. Fiquem ligados também nos horários, já que muita coisa fecha cedo por lá.

No próximo post chego com assuntos atuais e uma supresa. :-)

terça-feira, 23 de maio de 2017

Bate-volta em Subotica

Sziasztok!

Uma vez que vocês já sabem como evitar alguns apertos que passei na viagem a Subotica (perdi o único ônibus e tive que arrumar hospedagem de última hora), vamos agora falar sobre a cidade.

Subotica (Szabadka, em húngaro) é a quinta cidade da Sérvia em população. Fica em Vojvodina, cuja capital é Novi Sad (cidade de origem da representante sérvia na nossa turma). Fez parte do império austro-húngaro e tem uma parcela significativa de população de origem húngara. Parte das pessoas que encontrei lá falavam o idioma - inclusive muita gente que trabalha na rodoviária (balcões de venda de passagens e também a senhorinha do banheiro).

Logo que desci na rodô, andei meio sem rumo entre os blocões dos tempos do comunismo. Essa é uma diferença marcante entre duas cidades tão próximas: Subotica tem mais cara de "cortina de ferro" do que Szeged: prédios de governo dos anos 70, alguns carros fabricados nessa época (que saí fotografando, porque não resisto, haha!). Então vi uma torre de igreja e pensei: "o centro deve ser para lá".

Quando fui andando, vi um festival folclórico acontecendo. Já comprei uns ímãs de geladeira na feirinha e fui andando por ali. Uma mistura de novo e antigo, prédios com detalhes diferentes e interessantes. Fui atendida com simpatia pelos prestadores de serviço e achei os preços bastante acessíveis. A Sérvia passa aquela imagem sisuda, mas só posso dizer que vale a pena um passeio lá.

Da série "evitando perrengues":

- Felizmente eu estava com o cartão VTM. Não encontrei casas de câmbio abertas no centro - pelo menos nos horários e locais onde passei, e era domingo - e tive que sacar num caixa automático.

- O seguro "padrão" da April/Coris para a Europa serve para o espaço Schengen. Como a Sérvia não faz parte desse grupo, fiquei sem cobertura enquanto estive lá.

- Veja este post!!!

Da série "5 estrelas no TripAdvisor":

Boss Caffe: restaurante com comida boa, serviço rápido e preço bom. Pedi uma combinação vegetariana que me deixou de barriga cheia e custou uns 5 euros, incluindo suco.

Guesthouse Mali Hotel Subotica: precisando de um hotel de última hora, fiquei um tempo pendurada num wifi gratuito que encontrei no centro. Decidi arriscar um hotel que encontrei na net (não lembro o nome). Estavam recebendo um time de basquete para uma competição e estava cheio... perguntei se havia outro por perto e me indicaram o Mali. A dona é superprestativa. O quarto é confortável e o preço também estava bom. :-)

Uma coisa que me chamou a atenção na Sérvia foi a nota de 100 dinares, com a estampa do Nikola Tesla. Achei tão nerd, hehe!

Algumas fotos, lembrando que o Flickr tem muito mais. E espero ter uma oportunidade de voltar à Sérvia e curtir com mais calma. :-)