sexta-feira, 21 de julho de 2017

Rumo a Debrecen!

Peguei o Intercity, que depois de 2,5h me deixaria em Debrecen. Os trens saem de hora em hora. Muita gente desembarca em Cegléd e pega baldeações até Nyiregyháza ou cidades mais distantes. Pela primeira vez peguei um Intercity lotado.

No banco da frente viajavam uma senhora e seu netinho em fase de alfabetização. Ele brincava com um jogo da memória (em papel, que coisa nostálgica), batia papo com a avó, ela leu um pouco de uma enciclopédia para ele... só fofura.

Do meu lado sentou-se outra senhora que às vezes conversava com a da frente. Também puxou papo comigo, falei que ia fazer um curso de húngaro... fui praticando com ela. Uma dificuldade que tenho quando converso com os húngaros na rua é quando eles se empolgam para falar e vão usando um vocabulário mais complexo do que estou preparada para entender. O.O. Foi o que aconteceu, hehe!

No meio do caminho a avó e o netinho desceram e o lugar foi ocupado por um tipo meio estranho: carrancudo, parrudinho meio patola, umas tatuagens meio toscas e cicatrizes de faca e/ou queimadura na região do pescoço. Cabelo cortado com máquina e uma bolsa de viagem meio improvisada, costurada à mão. Às vezes ele batia a garrafa de coca-cola na mesa, golpeava o chão com a perna, arregalava os olhos, respirava fundo. Parecia querer chamar a atenção sobre sua presença ali. Principalmente quando um grupo de estrangeiros (tinham uns guias com textos em cirílico) começou a bater papo do outro lado do corredor.

Deu um pouco de medo viajar no assento em frente a esse sujeito: parecia que ele ia surtar a qualquer momento! Claramente não era uma pessoa equilibrada. Mas felizmente nada aconteceu. Cheguei em paz a Debrecen e o restante fica para o próximo post.

Viszlát!

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Chegada a Budapeste e pernoite - Sarokház Panzió

O avião pousou. Descer, esperar a bagagem, trocar euros por forint... só o suficiente para o transporte, já que o câmbio no aeroporto costuma ser ruim.

Aí começou um pequeno stress: na fila havia uns turistas gritando com a funcionária, que não deixava por menos. Barraco! O que eu menos queria para estragar a viagem. Então fui tirar dinheiro com o cartão VTM num terminal de saque.


Aqui vai uma dica: a máquina tem uns valores pré-definidos, sendo o menor deles já bastante alto: 100.000 Ft, o que deu 328,76 euros (+ 2,5 euros a taxa de saque). Essa taxa estava até um pouco melhor do que encontrei em algumas casas de câmbio por aí. O problema é que, dependendo do tempo que você for passar em Budapeste (se for uma viagem de fim de semana, por exemplo), talvez não precise dessa grana toda. Outro detalhe é que o saque foi em notas de 20.000 Ft, a mais alta em circulação (aliás, não me lembro de ter visto notas de 20.000 Ft em viagens anteriores... a mais alta era a de 10.000 Ft). Seria mais ou menos como uma nota de 180 reais. Não é em qualquer lugar que você consegue trocar... e de repente eu estava com 5 notas de valor alto!

Cédulas de 5.000 Ft (modelo antigo e, abaixo, o modelo novo), 10.000 e 20.000 Ft

Eu tinha pesquisado hotéis e pousadas perto do aeroporto. Peguei um táxi (vá ao guichê de táxis oficiais!!!) e já sabia quanto ia pagar. Fiquei num local chamado Sarokház Panzió.

Aqui uma observação: embora no mapa o aeroporto de Budapeste pareça bem central, ele fica longe de praticamente tudo! Os terrenos em volta são geralmente ocupados por hipermercados, empresas de logística, companhias que precisam de terrenos grandes e próximos ao aeroporto.
O táxi até a pousada saiu por 1500 ou 1800 Ft, não me lembro.

A Sarokház Panzió tem como principal atrativo o fato de ficar perto do aeroporto e é voltado a esse público. O café é pago à parte e custa 6 euros. Os preços são referenciados em euros e você pode pagar nessa moeda. A diária para uma pessoa custa uns 30 e poucos euros.


A pousada funciona em dois casarões vizinhos. Fiquei num quarto desses que parecem um sótão. A funcionária do horário da manhã era mais simpática que a da noite, mas ambas bem profissionais e responderam rápido aos e-mails que enviei antes da viagem pedindo para fazer a reserva.

A decoração das áreas comuns é bem, digamos, curiosa e eclética. A rede wifi funcionou bem, exceto na volta (também me hospedei lá pouco antes de pegar o voo saindo de Budapeste), quando houve um problema geral na internet da região.

O café... achei que poderia ter mais variedade, mas veio num momento certo e paguei os 6 euros sem problemas. Se você vai à cidade logo cedo, talvez prefira tomar um café mais tchan em outro lugar.

Algumas fotos: 








No dia seguinte à chegada peguei o transfer para a estação Nyugati por 20 euros. É longe mesmo... mas eu poderia ter ido à estação Ferihegy e tomado lá o trem para Debrecen.

Até hoje nunca entendi como funciona o transporte entre o aeroporto e a estação... o pessoal dos cursos até costuma enviar um "manual de instruções" com essa dica, mas realmente vacilei. Falando em "manual de instruções", vejam este post com dicas de como chegar a Debrecen.


Uma dica que vejo nesses "manuais de instruções" é sobre como pegar o trem direto do aeroporto. Bem, nunca fiz isso. Sempre fiz o esquema de chegar a Budapeste, pernoitar lá e no dia seguinte ir à cidade do curso (Pécs, Szeged, Debrecen). E, se você vai sair do Brasil para fazer um curso fora de Budapeste, recomendo que considere fazer isso. Por quê?

Um estudante que saia de outro país europeu vai levar no máximo umas 3 horas para chegar a Budapeste, e terá várias opções de voo. Já quem sai do Brasil tem que pegar um voo longo, que pode se atrasar, e uma conexão curtíssima em CDG, AMS, FRA... a margem de erro é muito grande e infelizmente as empresas estão com essa tendência de vender conexões curtas. Outra coisa é que, como Budapeste não é ponto de conexão, muitos voos que costumo pesquisar chegam lá no final da tarde ou à noite (17 ou 22h). Então, se você tiver algum problema, não dá tempo de pegar o trem para a cidade aonde você vai. E ainda periga ter que pernoitar no aeroporto.

Lembrando que em 2015 o voo para Budapeste saiu com um atraso de umas 3 ou 4 horas. Então é melhor estar preparada.

Viszlát!.

sábado, 15 de julho de 2017

O dia da viagem

Chegou o grande dia. Tirei 3 semanas de férias para conseguir acomodar melhor o período do curso dentro do tempo de viagem e não ficar tão corrido. Embarquei em Brasília numa quarta-feira, dia 17.

Primeiro tive problemas na maquininha do check in. Tive que pedir ajuda ao funcionário que ficava ali, ajudando um monte de passageiros com a mesma dificuldade. Na hora de imprimir as etiquetas de bagagem, uma surpresa: não imprimiu até Budapeste, e sim até Amsterdã. Então fui pegar a fila para despachar a bagagem - antes tive que passar por uma funcionária da triagem/leoa de chácara cuja função parece ser descobrir problemas que impeçam você de entrar logo na fila; essa funcionária disse que a informação da etiqueta estava correta e eu teria que redespachar a bagagem em AMS (gente, isso de despachar no primeiro destino é verdade em voos para os States, por exemplo; mas no Espaço Schengen você pega a bagagem no destino final).

No balcão aconteceu o seguinte:
- A moça disse que eu só teria direito a um volume. Detalhe: eu tinha comprado passagem antes das novas regras; além disso, os voos internacionais para fora da América do Sul ainda estavam valendo. Tive que mostrar o bilhete impresso pela agência com a discriminação de bagagem.
- Ela imprimiu as etiquetas até Budapeste. Disse que o sistema impedia que eu imprimisse para todos os destinos, já que parte da viagem seria feita no dia seguinte. Agora: como é que a moça da triagem não sabia disso?
Enfim... a verdade é que eu já vinha de algumas experiências ruins com a LATAM e não fiquei nem um pouco contente. Não que eles estejam preocupados com isso, né? :-D E também não que a Gol seja a oitava maravilha do mundo. Fazer o quê, né?

Desembarquei em Guarulhos e lá se vão 8 horas de espera. Eu ainda não conhecia o Terminal 3. Enorme!
Uma coisa que me chamou a atenção - porque não é muito comum em aeroportos - é que os frequentadores sofrem um certo assédio de pessoas estranhas às atividades do aeroporto. Veio uma moça falando em inglês pedir ajuda para uma organização de caridade.
No mais, gostei do novo terminal. Bem servido de lojas, áreas de espera e tomadas. Poderia melhorar um pouco a sinalização, para dar mais confiança ao viajante que tem que fazer longas caminhadas lá dentro.

O voo foi tranquilo. A comissária responsável pelo setor em que eu estava era uma simpatia. Às vezes falava meio cantarolando, uma figura! Gostei da comida vegetariana também.

O avião pousou e logo na saída do finger já havia funcionários olhando passaportes e perguntando o destino final. Apresentei meu passaporte húngaro (essa é uma novidade em relação aos outros voos! Tirei no final do ano passado) e achava que os cidadãos europeus simplesmente entrassem sem ter que explicar nada. Mas não.
Saindo do finger, a inspeção de segurança. Achei também mais meticulosa do que nos outros aeroportos, com revista manual em todo mundo. O que amenizou um pouco foi o funcionário do equipamento de raio X, piadista e figuraça. E por fim, andamos por várias partes de comércio até chegar à fila da imigração. Todo mundo pegou a mesma fila. De novo me perguntaram qual o destino final.

Em tese seriam cerca de 2 horas para a conexão. Com a pequena fila da imigração, é tempo suficiente, sim. E de qualquer forma, o voo para Budapeste saiu atrasado - assim como outros que estavam sendo anunciados para os passageiros daquele portão. Aliás, teve mudança no portão de embarque.
Achei o aeroporto de Amsterdã um pouco mais confuso e proporcionalmente acanhado do que os outros que conheci na Zoropa. No portão de embarque, por exemplo, as pessoas se apinhavam. Mas no fim tudo deu certo. Mais um voo e rumo a Budapeste!

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Preparando a viagem - passagem e seguro

Havia vários meses que eu estava de olho nos preços das passagens, principalmente pela TAP. A Air France já havia deixado de operar o voo Brasília-Paris, infelizmente.

Preços da TAP: terror feat pânico

Só que a TAP estava com preços absolutamente inviáveis! Enquanto as outras cobravam R$3300-3600 com taxas (o que eu já estava achando caro, pois havia pago isso 2 anos antes para viajar na altíssima temporada), a TAP estava cobrando incríveis R$6200!! E não estavam mais operando voos diretos Lisboa-Budapeste. Gente, e eu começo a pesquisar uma viagem logo que volto de outra. #soudessas

Resultado: faltando uns 4 a 5 meses para a viagem, vi que os preços não baixariam. Comprei a passagem pela KLM, que estava um pouco menos cara que as outras empresas. A viagem ficou BSB-GRU-AMS-BUD. Os detalhes eu conto num próximo post!

Outro ponto: seguro de viagem.
A moça da agência me ofereceu um seguro padrão para a Europa. Perguntei se tinha cobertura para a Europa fora do espaço Schengen, pois estava querendo fazer um bate-volta na Romênia (acabei não fazendo, chuifs!). E não, não tinha. Acabei fazendo um seguro da Affinity com cobertura geográfica mais ampla, que incluía a Romênia.
Moral da história: se você estiver pensando em visitar um país do espaço Schengen, principalmente se ficar perto da fronteira com algum país de fora dessa região, considere fazer um upgrade no seu seguro. Você nunca sabe que oportunidades de passeio podem surgir (como o bate-volta que fiz na Sérvia, por exemplo).

Por enquanto é só. Viszlát!

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Curso intensivo em Debrecen - introdução e inscrições

E aí, pessoal? (alguém aqui?)

Escrevi no post anterior que teria uma surpresa.
Como sempre, estou atrasada. No momento em que escrevia o primeiro rascunho deste post, estava esperando o avião que me levaria de volta ao Brasil.
Fiz um curso de húngaro de 2 semanas na Universidade de Debrecen. Foi no período de 22/05 a 02/06. A partir deste post, vou contar um pouco dessa experiência.

A primeira vez que comentei sobre os cursos de verão/inverno em Debrecen foi em 2012. Desde então, muita coisa aconteceu: fiz os cursos de Pécs e Szeged, aprendi também pelo Skype... e o curso de Debrecen ficava para depois, porque era sempre um pouco mais caro que os outros.

Lembro que uma vez eles publicaram na homepage do curso um texto explicativo sobre por que teriam que aumentar o valor (em euros); e nessa mesma época passaram a oferecer cursos de 1 semana e também cursos fora de temporada. Sim, passaram a oferecer cursos intensivos durante o ano todo. É a chance de escapar de preços e climas extremos. Bom demais, não?

O primeiro passo é decidir uma data e entrar em contato com a coordenação. Paguei antecipado por transferência bancária. A mesma história de sempre: já que tem taxa de inscrição para pagar antes, aproveitei e paguei tudo de uma vez para ver se ao menos diluía o valor da taxa (100 doletas a operação Swift) e não ficava tão frustrada.


A universidade tem parceria com um hotel perto do campus. Na ficha eles perguntam se você precisa de ajuda com a hospedagem. Dessa vez não fiquei no local de parceria, e sim em outro. Calma, que isso é assunto para outro post...

Outro ponto: na ficha de inscrição eles avisam que, se não houver pelo menos mais uma pessoa na sua turma, o curso de 2 semanas sai por 200 euros a mais. Na ficha você responde se aceita essa condição. Eu aceitei, mas não foi o caso: tive aulas em dupla. Isso mesmo! Uma turma de 2 pessoas. Depois comento mais sobre isso.

Diferentemente de Szeged, em que a coordenação fez vista grossa e permitiu que alguns alunos pagassem a inscrição já no início do curso, o pessoal de Debrecen parece ser mais metódico. Além disso, o livro é pago separadamente (20 euros) e ainda tive que pagar uma taxa bancária de 10 euros [não entendi... será que foi alguma transferência interna deles lá?].

Falando em "mais metódico", um detalhe diferente dos outros cursos foi que em Debrecen a gente assina um contrato.

Acredito que essas coisas tenham a ver com o fato de ser um programa com maior número de alunos, o que por sua vez deve ter relação com o fato de ser o curso mais antigo (desde 1927). De qualquer forma, é bom estar preparado.

O teste de nível é enviado alguns dias antes e achei bem puxado. Para minha surpresa, pelo tempo que estava enferrujada, fui até bem. A coordenadora queria me mandar um teste para o nível seguinte, mas pedi para ficar naquele mesmo.

Inscrição feita, esperando o dia do curso... o resto fica para os próximos posts.

Viszlát!

PS: Na secretaria do curso trabalham umas 4 funcionárias. Uma delas, a Ági, passou um semestre em Sampa dando aulas na Casa Húngara. Descobri porque vi uns produtos da Natura na sala. Os creminhos fizeram o maior sucesso. Uma delas mostrou uma bisnaga do Ekos açaí para mãos e disse que tinha virado fã. #ficadica

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Budapeste - comentários rápidos (ainda 2015) e virando a página

E aí, pessoal?
Neste post vou comentar algumas coisas rápidas sobre a passagem por Budapeste em 2015.

Fiz o curso de 3 semanas e tirei 28 ou 29 dias de férias, algo assim. Aproveitei uns 3 dias em Budapeste antes de voltar a Brasília. Não vou entrar em muitos detalhes porque a viagem foi há bastante tempo e o que não falta são blogs de viagens com muitas dicas.

Achei que tivesse comentado em algum post sobre o curso de Szeged que havia uma excursão opcional para Budapeste; bem, essa excursão é uma viagem de ida e volta no mesmo dia. A viagem de trem dura pouco mais de duas horas. Andamos um pouco na Praça dos Heróis, vimos por fora a Casa da Ópera, fomos ao castelo de Buda, andamos algumas vezes de metrô... enfim, fizemos o que é possível fazer em um dia do percurso turístico clássico Muitos lugares, como o mercado central, vimos só por fora e na correria. O que teve de diferente - pois nem todo mundo faz - foi a visita ao Parlamento por dentro.

Se você vai fazer o curso em Szeged e vai tirar pelo menos uns 2 ou 3 dias em Budapeste (provavelmente vai, já que o aeroporto é lá), sinceramente não sei se vale muito a pena esse passeio... é muito corrido. Vale pela companhia dos colegas e também se você quiser conhecer o Parlamento sem ter que se preocupar em agendar - já que a coordenação faz isso pela turma.

Quando terminei o curso, tive alguns imprevistos e precisei arrumar hotel na última hora. Era alto verão e estava na época do Festival de Sziget. Foi um sufoco e não consegui hospedagem para todo o tempo que ficaria na cidade. Tive que pernoitar num local e ir para outro no dia seguinte. Ambos ficavam fora do epicentro turístico de Budapeste. Vamos a eles:

- Jagello Business Hotel: site aqui. Situado no lado Buda (mais caro e íngreme), perto de um complexo empresarial modernoso. O foco são viajantes de negócios. Gostei da hospedagem, do atendimento e só saí porque não teria vaga no dia seguinte. Obs: o ar condicionado é central. Se ajustar a temperatura é importante para você, pese isso na sua decisão.




- Karin Hotel: site aqui. Esse hotel na verdade é uma mistura de pensão familiar, pousada e apart hotel (!). Não fiquei no casarão principal, e sim numa outra unidade que eles mantêm ali por perto. Fica em Újpest, um distrito que desconfio ter sido um município "engolido" por Budapeste durante o seu crescimento. Para ir à cidade é necessário pegar ônibus e metrô (eles dão um folheto que explica bem direitinho); ou seja, é bem longe do fuxico da cidade. Perto do metrô existe um centrinho de comércio.
Apesar dessas desvantagens do isolamento, achei um local excelente para viagens em família: tem cozinha, quarto e uma pequena sala numa região residencial. Você praticamente consegue "morar" na cidade enquanto está lá. Apenas não se esqueça de sair antes das 11, quando fazem o checkout, hehe! Ah, eles também têm transfer para o aeroporto. Sai caro - em torno de 8000 forint -, que parece ser um preço meio padrão.











Sobre os passeios: como eu já tinha feito a excursão com a turma e na verdade já tinha feito um superpasseio com algumas pessoas da família uns anos antes, aproveitei para me concentrar nas imediações do mercado e da Váci ucta mesmo. Também me juntei a dois grupos de passeios "free walking tour", naquele esquema em que você escolhe quanto pagar ao guia. São vários grupos que oferecem esse tipo de serviço:

- Free Budapest Tours: (site): tem tour geral, tour político, caminhada pelo bairro judeu, tour em espanhol... fiz o tour em espanhol sobre comunismo com uma guia chamada Martina. Recomendo!

- Free Walking Tour (trip to Budapest): site. Fiz um tour (em inglês) no bairro judeu. Hoje é um lugar hipster, com grafites interessantes. A guia era da comunidade judaica e deu uma verdadeira aula.

Embora o tour do bairro judeu tenha sido interessante, não consegui aproveitá-lo tão bem como o tour sobre comunismo: o grupo era maior e confesso que minha compreensão de inglês nem sempre ajuda. Se puder escolher entre dois tours sobre o mesmo tema - um em inglês e outro em espanhol, fico com o segundo. Além de ser mais fácil de entender (para mim), existe outra vantagem: os grupos são menores, o que facilita chegar perto do guia e escutar o que ele diz; e o grupo de turistas geralmente tem mais química, já que tem mais possibilidade de serem nativos de países que falam o idioma do tour - e com isso acaba aparecendo mais assunto. Eu mesma bati papo com um arquiteto mexicano e alguns amigos dele que também fizeram o tour comunista.

A experiência "ahn?" da viagem ficou para o pernoite que fiz no aeroporto (sim, pelo horário do voo tive que passar a noite lá) quando, escutando rádio, eis que do nada toca essa música O.O

E, falando em aeroporto, uma dica que não vi nos blogs: tem um supermercado lá! É uma unidade do Spar. Não fica no terminal dos voos internacionais, e sim no terminal 2B - no piso inferior, do desembarque. Fiquem ligados também nos horários, já que muita coisa fecha cedo por lá.

No próximo post chego com assuntos atuais e uma supresa. :-)

terça-feira, 23 de maio de 2017

Bate-volta em Subotica

Sziasztok!

Uma vez que vocês já sabem como evitar alguns apertos que passei na viagem a Subotica (perdi o único ônibus e tive que arrumar hospedagem de última hora), vamos agora falar sobre a cidade.

Subotica (Szabadka, em húngaro) é a quinta cidade da Sérvia em população. Fica em Vojvodina, cuja capital é Novi Sad (cidade de origem da representante sérvia na nossa turma). Fez parte do império austro-húngaro e tem uma parcela significativa de população de origem húngara. Parte das pessoas que encontrei lá falavam o idioma - inclusive muita gente que trabalha na rodoviária (balcões de venda de passagens e também a senhorinha do banheiro).

Logo que desci na rodô, andei meio sem rumo entre os blocões dos tempos do comunismo. Essa é uma diferença marcante entre duas cidades tão próximas: Subotica tem mais cara de "cortina de ferro" do que Szeged: prédios de governo dos anos 70, alguns carros fabricados nessa época (que saí fotografando, porque não resisto, haha!). Então vi uma torre de igreja e pensei: "o centro deve ser para lá".

Quando fui andando, vi um festival folclórico acontecendo. Já comprei uns ímãs de geladeira na feirinha e fui andando por ali. Uma mistura de novo e antigo, prédios com detalhes diferentes e interessantes. Fui atendida com simpatia pelos prestadores de serviço e achei os preços bastante acessíveis. A Sérvia passa aquela imagem sisuda, mas só posso dizer que vale a pena um passeio lá.

Da série "evitando perrengues":

- Felizmente eu estava com o cartão VTM. Não encontrei casas de câmbio abertas no centro - pelo menos nos horários e locais onde passei, e era domingo - e tive que sacar num caixa automático.

- O seguro "padrão" da April/Coris para a Europa serve para o espaço Schengen. Como a Sérvia não faz parte desse grupo, fiquei sem cobertura enquanto estive lá.

- Veja este post!!!

Da série "5 estrelas no TripAdvisor":

Boss Caffe: restaurante com comida boa, serviço rápido e preço bom. Pedi uma combinação vegetariana que me deixou de barriga cheia e custou uns 5 euros, incluindo suco.

Guesthouse Mali Hotel Subotica: precisando de um hotel de última hora, fiquei um tempo pendurada num wifi gratuito que encontrei no centro. Decidi arriscar um hotel que encontrei na net (não lembro o nome). Estavam recebendo um time de basquete para uma competição e estava cheio... perguntei se havia outro por perto e me indicaram o Mali. A dona é superprestativa. O quarto é confortável e o preço também estava bom. :-)

Uma coisa que me chamou a atenção na Sérvia foi a nota de 100 dinares, com a estampa do Nikola Tesla. Achei tão nerd, hehe!

Algumas fotos, lembrando que o Flickr tem muito mais. E espero ter uma oportunidade de voltar à Sérvia e curtir com mais calma. :-)












Bate-volta em Subotica (Sérvia) - evitando perrengues

E então, pessoal, beleza?

Aqui vou escrever um spoiler do perrengue que passei no meu bate-volta na Sérvia - mais especificamente, na cidade de Subotica. Se estiver pensando em fazer um passeio desses, não deixe de ler! E também não deixe de fazer o passeio, é claro.

Como iniciou a aventura?

O ônibus sai de um terminal que nem tem muita cara de terminal. Aqui: https://www.google.hu/maps/@46.2575031,20.1415293,3a,75y,224.93h,94.84t/data=!3m6!1e1!3m4!1sEVF7feZkt4NQc88fxvOkWw!2e0!7i13312!8i6656 (
"Autóbuszállomás Szeged"). Também é importante saber os nomes das cidades nos dois idiomas:
- Szeged (húngaro): Segedin (sérvio)
- Subotica (sérvio): Szabadka (húngaro)

E as linhas/empresas de ônibus?
Pois então... pesquisei e encontrei alguns PDFs como este. O detalhe são as letras miúdas: nem todas as linhas funcionam o ano todo.

Então o que aconteceu? Resumidamente: peguei o ônibus da linha Budapeste-Belgrado-Budapeste, subindo em Szeged e descendo em Subotica. Essas cidades na época estavam ligadas por esse único ônibus. Olhei os horários e pensei que teria umas 3 a 4 horas para curtir a cidade. Quando voltei à rodoviária, não reparei que o ônibus NÃO ficava na mesma plataforma onde eu tinha descido. Vi o dito-cujo indo embora e me deu um desespero... tive que arrumar um pernoite de última hora na cidade.

Depois um colega alemão me disse que era possível pegar um ônibus até a fronteira, atravessá-la a pé e pegar outro ônibus do lado húngaro. Realmente não sei e acho arriscado, pois as cidades são pouco conectadas.

Importante: a Sérvia deixou de exigir visto de brasileiros há poucos anos. No entanto, vi em alguns blogs que era necessário pegar o comprovante de estadia no hotel ou pousada. Pelo sim, pelo não, peguei esse papelzinho. Realmente o pessoal da fronteira reteve esse comprovante quando passei na volta. Ouvi histórias de gente que teve que pagar multa porque não pegou o tal papel. Não deixe de pedi-lo onde se hospedar, OK?

O próximo post vai ser sobre a cidade.

Ônibus que faz o percurso Subotica-Szeged. Reparem que não tem pintura da Volanbusz, e sim de uma empresa sérvia
 
O papelzinho do hotel recolhido pela polícia de fronteiras da Sérvia




domingo, 21 de maio de 2017

Szeged: dicas e passeios

Aviso: provavelmente este post vai ser editado algumas vezes à medida que eu vá recuperando material...

Algumas coisas eu tinha postado no TripAdvisor e, como apaguei o perfil de lá, ficaram perdidas. :-(

Vamos lá:

Passeios
- Templos e igrejas: a catedral é um dos cartões postais da cidade. Falando em templos e igrejas, vale mencionar a sinagoga (a organização do curso previu uma visita para lá, mas eu já tinha voltado) e a igreja ortodoxa sérvia. Alguns desses prédios ficam em áreas com ruas estreitas, o que dificulta você se afastar e conseguir uma boa foto.


- Museus: visitei o Móra Ferenc. Tem exposições temáticas e de História Natural. Também mostra algumas coisas típicas de Szeged, como os calçados artesanais. Não comprei o ticket que dá direito a tirar fotos e me arrependi.



- Caixa d'água: é possível entrar, ver algumas exposições simples e subir para ter uma bela vista da cidade. O pessoal que me atendeu lá foi supersimpático.


- Mosteiro franciscano de Alsóváros: tivemos uma excursão lá. Alsóváros é o bairro em que fica a pensão onde nos hospedamos. O monge explicou a história do mosteiro, da produção de páprica na região... e pudemos ver a arquitetura interna das instalações.

- Uma coisa típica de Alsóváros são as casas com esses detalhes em madeira perto do teto. Eu estava fotografando e veio um senhor falar comigo. Achei que me daria uma bronca por tirar foto da casa de alguém, mas não! Apenas veio me explicar a história desse tipo de arquitetura. Infelizmente nesses casos não consigo aproveitar toda a informação, mas achei legal, hehehe!
 


Comida

Meus lugares preferidos foram:
- Veggie's (aqui): era só pedir porções para montar salada. Atendimento simpático!
- Duna Döner, bem ao lado: tem opção vegetariana. Se tiver medo de pimenta, peça para não colocarem.
- Levendula Kézműves Fagylaltozó (site): sorveteria com vários sabores diferentes - inclusive o de lavanda, que dá nome ao local.

Serviços 

Lavanderia

- Mosómaci Mosodája (site): lavanderia self service. Você escolhe se quer lavar a roupa dessa forma (que eu preferi, porque cheguei com um sacão de roupa suja e saí com um sacão de roupa limpa) ou se prefere deixar com a dona (nesse caso sai mais caro). Vi vários turistas e estudantes estrangeiros por lá. Tem até um mapa-múndi para quem quiser espetar seu alfinetinho e marcar presença.

A dona, supersimpática, ia viajar em breve para fazer um curso de inglês nos States. Mas com certeza já voltou faz tempo, OK?

Transporte público

Quando não queria ir a pé, eu e os colegas apelávamos para ônibus e bondinho. A dica é comprar o passe semanal (acho que custava 3000 forint) no guichê na praça em frente à faculdade. Ande sempre com o bilhete - se não me falha a memória, ele tem o período de validade impresso - e não vacile! As colegas russas da nossa turma foram apanhadas pela fiscalização quando viajavam sem bilhete e tiveram que enfrentar uma burocracia. Não sei exatamente como foi. Ah, o bilhete vale para qualquer número de viagens durante a validade, tanto para o VLT (bondinho) quanto para o ônibus.

Eventos

Os cursos de verão costumam começar no final de julho e pegar algumas semanas de agosto. Essa época perto do dia de Santo Estêvão sempre tem eventos, e em Szeged não foi diferente. O Hungaricum Fesztival foi a ocasião perfeita para conhecer um pouco da cultura da região, provar comidas típicas e comprar souvenir.

O Flickr está cheio de fotos. Confira lá!
 

sábado, 20 de maio de 2017

Cursos de húngaro em Pécs e Szeged: características e mini comparativo

Algumas diferenças entre os cursos de Pécs e Szeged - mas aviso: deixe de preguiça e leia os outros posts, hehe! [Obs: Fiz cursos em Pécs em 2012 e 2013; Szeged em 2015; e Debrecen em 2017]

Professores
Em Pécs cada turma tinha 3 professores, que se articulavam entre si. Um sabia o que os outros tinham explicado. Cada um repetia um pouco o tópico dos outros, geralmente dando ênfase em aspectos diferentes: um explicava a gramática de maneira mais tradicional; depois o outro fazia exercícios e introduzia um assunto diferente, etc.
Esses 3 professores acompanhavam a turma durante todo o curso. 

Em Szeged faziam um rodízio: uma dupla de professores nas primeiras duas semanas, e outra dupla nas últimas duas semanas.
O que acontecia em algumas turmas era que o pessoal se apegava à primeira dupla e depois tinha que se adaptar à segunda. No meu caso, por exemplo, a primeira dupla era mais descontraída e na segunda as professoras eram mais certinhas.

De modo geral os professores em Pécs pareciam mais tarimbados, mais experientes. Mas tive aulas com ótimos iniciantes no curso de Szeged. Conversando com uma colega de Pécs que reencontrei em Szeged (*), ela espontaneamente me deu a mesma opinião quando perguntei qual tinha sido o curso preferido.

(*) Uma coisa boa de estudar esses idiomas diferentes é que você acaba fazendo parte de uma comunidade, hehehe! Essa senhora, uma francesa aposentada, tinha um filho que havia sido casado com uma húngara. Ela se apaixonou pelo idioma e resolveu estudá-lo. O hobby dela eram esses cursos de verão. :-)

Horários 
- Pécs: 3 blocos na sequência, assim: 
Aula 1, professor 1: 8:30-10:00
Aula 2, professor 2: 10:30-12:00
Aula 3, professor 3: 12:30-14:00. 
Almoço (quase todo mundo almoçava no Monarchia): 14:00-15:00
Atividades opcionais: 15:30 em diante (geralmente até as 17:00)

- Szeged: 3 blocos, sendo o último após o intervalo de almoço. Assim: 
Aula 1:  9:00-10:30
Aula 2: 11:00-12:30
Almoço: 12:30-14:00
Atividades opcionais (palestras, city tour, etc): 14:00-15:30
Aula 3: 16:00-17:30 - essa aula era mais light, normalmente mais voltada para conversação.

A própria coordenadora do curso falou que em algum momento a gente começaria a faltar a algumas atividades opcionais.

Particularmente acho que a tabela de horário de Pécs permitia aproveitar melhor o tempo. As atividades optativas, mais light, vinham num momento - o final da tarde - em que a cabeça já não está mesmo funcionando tão bem.

Por outro lado, concentrar muito as aulas sem dar tempo de digerir o assunto... o horário de Szeged talvez fosse melhor do ponto de vista didático.

Livros
- Pécs: MagyarOK (Szilvia Szita e Katalin Pelcz) - aliás, tive aula com as duas. S2
- Szeged: Lépésenként magyarul (Péter Durst).
Em ambos os casos recebemos os livros sem ter que pagar nenhum valor adicional.

Inscrição
Já comentei aqui e nos posts antigões sobre Pécs, mas vale repetir:
- Pécs: tudo era pago na véspera do curso. Quem quiser, pode transferir antes. O valor é em euros, que no dia eles convertiam para forint (pagamento em forint) a uma taxa nem um pouco amiga. Tenha uma boa margem de segurança para cobrir isso e não ter surpresas.
- Szeged: cobra taxa de inscrição + matrícula. Inscrição negociável, parece. Não sei como funciona o pagamento feito na última hora, já que nesse caso optei pela transferência. A hospedagem eu paguei em euros à coordenadora do curso, que se acertou com o dono da pensão.

Atividades extras/optativas
- Pécs: atividades mais simples, na cidade mesmo (caminhadas no centro, projeção de filmes, etc). Excursões em todos os fins de semana para quem quisesse. Em algumas utilizamos transporte público e em outras, ônibus fretado.
- Szeged: atividades mais simples, na cidade mesmo (caminhadas no centro, projeção de filmes, etc). No final da primeira semana teve uma excursão opcional a Budapeste. No final da terceira semana houve alguma programação também, que não cheguei a fazer.
A excursão a Budapeste caberia melhor num outro post, mas resumindo: correria absurda. Aproveitei a visita ao parlamento e a integração com o pessoal. O passeio em si não valeu muito a pena, não.

Cidades
- Pécs: as origens mais antigas são visíveis nos resquícios da muralha em algumas partes da cidade, na mesquita que virou igreja e num dos primeiros cemitérios cristãos da cidade; mas a herança do Império Austro-húngaro também é bem forte. É cercada por colinas e tem algumas ruas tortuosas, principalmente nessa parte e no centro. Achei mais fácil encontrar souvenir e comércio aberto aos domingos.
- Szeged: tem cara de Império Austro-húngaro: assim como Pécs, casarões com telhados coloridos e muitos detalhes. Praças amplas e arborizadas. É plana, o que ajuda os ciclistas. Achei Szeged mais "capitalista" do que Pécs: frota de carros mais moderna (quase não vi aqueles Trabi "garagem do vovô" que vi em Pécs), mais gente tatuada, um pouco mais de diversidade étnica. Será que a grana e as pessoas realmente circulam mais por lá?

Quanto à facilidade para bate-volta em outro país: as croatas que faziam curso em Pécs nem se animavam a atravessar a fronteira no fim de semana. Szeged fica perto da tríplice fronteira com a Romênia e a Sérvia. Fiz um bate-volta na Sérvia, porém sofri para conseguir transporte. 

Prova de nível
- Pécs: no primeiro dia
- Szeged: antes do curso, recebida e devolvida por e-mail. A questão das habilidades de conversação é vista durante a aula.
A própria coordenadora em Szeged nos disse que não levássemos o resultado do nivelamento a ferro e fogo. Se alguém quisesse se desafiar numa turma mais puxada, ou se achasse que ficaria mais à vontade numa turma de nível abaixo, poderia conversar com eles numa boa e tentar a mudança. Foi o que eu mesma acabei fazendo. 

Provas
- Pécs: ao final de cada quinzena
- Szeged: idem, mas eles só avisam que tem prova na véspera!

Perfil dos alunos
É difícil dizer: mesmo na mesma universidade pode haver diferenças entre um ano e outro. Por exemplo: estudei em Pécs em 2012 e 2013 e vi que no primeiro curso a química entre os alunos foi bem melhor. Além disso, nesse meio tempo acabou o programa de idiomas para alunos Erasmus (e depois o próprio Erasmus foi reformulado), o que mudou o perfil também.
Em 2012 vi muitos jovens. Em 2013 já vi também alguns colegas mais velhos.
Em Pécs vi mais turmas de iniciantes em relação ao total. Em Szeged eram 49 alunos em 5 turmas, cada uma de um nível diferente.

Resumo e a pergunta clássica
E aí, qual você recomenda? Qual é melhor?
Os dois partem de um modelo muito parecido. Vai depender da química da turma, da sorte de pegar bons professores, do momento que você estiver passando e da sua relação com o idioma... mas enfim, os dois cursos são muito bons e os custos são parecidos. As datas também coincidem.

Minha impressão é que, no caso de iniciantes totais, a balança pende um pouco para o lado de Pécs; e no caso de quem já fala alguma coisa, vai uma vantagenzinha para Szeged. Por quê?

- Em Pécs eram mais turmas de iniciantes; se você não se adapta a uma, pode tentar outra. O esquema é um pouco mais paternalista, de levar pela mão: excursões todo fim de semana e você nem precisa se preocupar em montar uma programação.
Quando fiz o curso em 2013, já com um conhecimento prévio, a parte da revisão para deixar a turma nivelada tomou muito tempo. Como eu tinha usado o mesmo material, revi exatamente aquelas coisas (claro que sempre tem vocabulário novo). Para os colegas que aprenderam em outros lugares pode ter valido mais a pena. Esse nivelamento demorado estressou alguns colegas, que criaram um climão com um dos professores e no fim pediram para mudar para um grupo mais avançado. Depois da saída desse pessoal o clima levou um tempo para melhorar.

- Em Szeged os alunos ficam um pouco mais soltos - tanto nas atividades opcionais quanto no nivelamento, no caso de quem tem um conhecimento prévio. Perfeito para quem já fala um pouco de húngaro e não tem tanta insegurança de botar as manguinhas de fora.

Gente, não levem isso como um dogma! Estou falando da minha experiência e os cursos podem ter mudado desde então. Beleza?

Bem, é isso! Vou escrever alguma coisinha sobre Szeged e continuar a programação normal do blog.

Edit: recebi este link em maio/2017: http://hungarianstudies.hu/en/summer-university.html 

Szeged: inscrição e comentários sobre o curso

Continuando a série sobre Szeged a partir daqui...

A maioria do pessoal optou pelo curso de 4 semanas, que também era o padrão para os bolsistas (muitos ali). Alguns fizeram o de 2 semanas, e eu optei por fazer 3. Até gostaria de ter ficado um pouco mais. Porém, como já comentei por aqui: quando a duração do curso fica muito próxima da duração das férias, a coisa complica. Se a empresa mudar alguma coisa no voo, você já se arrisca a perder o dia de retorno ao trabalho. Além disso, é muito cansativo e nem dá tempo de saborear o pós viagem.

Diferentemente da Universidade de Pécs, que não cobrava taxa de inscrição, a Universidade de Szeged faz essa cobrança. Por mais esse motivo, resolvi pagar adiantado por transferência bancária (SWIFT) no Banco do Brasil.

Uma informação importante sobre essas transferências SWIFT: o banco cobra uma taxa fixa de 100 dólares (!!!) mais um valor variável a partir de certo limite. E, bem, a taxa de inscrição era de 30 euros. Por isso resolvi pagar logo pelo curso. Assim a taxa da transferência ficaria diluída.

Quando cheguei lá, descobri que muitos colegas tinham ficado de pagar a taxa de inscrição depois, junto com a taxa do curso. Então a dica que dou é: dê uma chorada com a coordenadora e explique que não vale a pena gastar 100 doletas para transferir 30 euros! Ou descubra uma forma mais barata de fazer essa transferência e depois me avise, hehe!

Como fiz o pagamento muito antes, a coordenação já não tinha essa informação muito fácil. Recomendo que você leve o comprovante do banco, só para garantir.

Umas 2 ou 3 semanas antes do curso recebi a prova de nível por e-mail. Em Pécs, a prova de nível (quando estive lá pela segunda vez, em 2013, tive que fazer) foi feita no primeiro dia.

Depois de uma programação de boas vindas num domingo ensolarado - com direito a comilança e danças típicas -, segunda-feira era dia de começarmos as aulas.

Éramos 49 alunos divididos em 5 turmas, cada uma de um nível diferente.
Fui colocada na turma de nível mais avançado (hahaha!), mas fiquei boiando no vocabulário e na conversação. Então pedi para mudar e fui para uma turma B1-B2, mais para B1. Aí realmente me encontrei.

A A turma tinha, além de mim, uma egípcia (que ficou 2 semanas), duas russas, uma búlgara, uma sérvia, uma espanhola (que depois mudou para uma turma mais avançada), dois nigerianos (figuraças!) e depois uma suíça. Os nigerianos e a suíça estavam morando em Szeged há algum tempo.


O próximo post traz mais informações sobre o curso, fazendo uma rápida comparação com o de Pécs.

Viszlát!