sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Computador, a saga

Olá, pessoas! [alguém aí?]

Vou ficar sem computador nos próximos dias! :-(

Vejo que essa época muita gente começa a se planejar para fazer cursos no ano que vem e aumenta a procura por esse tipo de informação aqui no blog. Mais um motivo para que eu escreva logo sobre a experiência em Szeged - também para aproveitar o embalo, porque agora a vida já está no ritmo normal de trabalho.

Na verdade, minha saga com o computador vem de longo tempo. Quando ela se definir melhor, volto aqui e conto como foi. Beleza?

Até mais!

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Alguns rápidos comentários



Sziasztok!

Já fui, já voltei... e, pra variar, estou devendo posts.
Quem quiser ver fotos de Szeged, tem no Flickr! Falta editar títulos e colocar descrições, mas de qualquer forma as fotos estão lá. Ainda falta colocar também as fotos que tirei em Budapeste.

Uma pergunta que todo mundo fez quando voltei: e a crise migratória?

Vi muitos grupos de refugiados em Szeged, concentrados em frente à estação de trem. Também vi refugiados em Subotica (Sérvia), onde fiz um bate-volta, e em aldeias por onde passou o ônibus. Vi pessoas caminhando nos campos para atravessar a fronteira a pé. Essa fronteira onde, na cidade de Röszke, recebi os carimbos que aparecem aí na foto. E em Budapeste, perto da estação Keleti.

Na TV húngara, principalmente no canal de notícias M2 (não tenho certeza, mas me parece que é estatal ou semi), muitas notícias sobre os "migrantes ilegais". No canal Story 5, que passa séries e novelas - mas também noticiários -, críticas à "histeria" contra os recém-chegados. As opiniões me pareceram divididas. As imagens dos confrontos diretos com a polícia húngara ainda não tinham ganho o mundo.

Depois, durante uma excursão em Budapeste, a guia contou que um grupo de extrema-direita deu alimentos com laxantes (!) a vários refugiados.

Tive a oportunidade de conversar com alguns voluntários em Szeged. Um grupo montou uma barraca em frente à estação e estava distribuindo água e comida, além de encaminhar para atendimento médico quem precisasse. A barraquinha aparece bem à esquerda na primeira foto desta matéria

Esta outra matéria também trata da situação na fronteira Sérvia-Hungria e das atitudes que o governo vem tomando (repressão policial, construção de cerca, etc).

É estranho mas, enquanto estive lá, não tive a dimensão do que estava acontecendo. O noticiário no Brasil ainda estava mais voltado para os problemas da travessia por mar; no máximo, informava que muita gente entrava pela fronteira da Sérvia e que o governo da Hungria estava construindo a cerca, essas coisas. A tragédia das pessoas mortas no caminhão abandonado na Áustria ainda não tinha acontecido, nem a do menino Aylan. 

Como os governos vão agir nessas próximas semanas? Não sei. O governo húngaro, sob pressão, liberou a passagem dos imigrantes para Áustria e Alemanha... mas prossegue na construção de um polêmico muro. Em tempos de declarações do Donald Trump sobre os mexicanos (e o desejo de construir um muro) e de colombianos sendo deportados da Venezuela (pois é, perto de nós também está feia a coisa), nada mais surpreende. O tempo em que os países convidavam gente de outras partes para povoá-los pelo visto já passou.

Li numa reportagem a entrevista com uma voluntária em Szeged que dizia: "não me interessa a questão política; não me interessa de onde vêm essas pessoas nem para onde vão, mas agora elas precisam de ajuda". É como eu penso, e assim fecho o post com esses links:

- Migszol, grupo húngaro de ajuda ao migrante;
- matéria do El Mundo sobre como ajudar.

O assunto é triste e difícil, mas não tinha como não falar.
No próximo post, volto à programação normal. Beleza?

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Em Szeged para o curso de verão! - dicas sobre inscrição

Sziasztok!

É isso mesmo! Estou em Szeged para 3 semanas de curso de húngaro.
A rotina aqui está meio puxada, mas vou tentar escrever sobre essa experiência à medida que ela vai se desenrolando.

Fiz a inscrição e comprei a passagem assim que saiu a confirmação do calendário, em fevereiro. 

Em relação à inscrição para o curso em Pécs, algumas diferenças:
- o preço não inclui a hospedagem;
- existe uma taxa de matrícula, de 30 euros.
O problema de pagar qualquer taxa com antecedência é que, no caso de quem está no Brasil, isso envolve taxas bancárias bastante altas para a operação de transferência da grana (o tal do SWIFT). No Banco do Brasil, existe uma taxa mínima de... 100 dólares!

Ou seja: para transferir 30 euros, você gasta 30 euros + 100 dólares. Legal, né? Só que não. :-/

Eu mesma queria garantir a vaga, não sabia o quanto eles seriam flexíveis sobre isso e fiz outra opção: aproveitei a transferência bancária para pagar tudo de uma vez (exceto a hospedagem, que é paga à parte). Dói menos saber que você gastou 100 dólares para transferir 400 e tantos euros do que gastá-los para transferir 30 euros. E assim eu escapava de eventuais subidas do câmbio. 

Na verdade eu vacilei. Parece que nem todo mundo chegou aqui com a taxa de matrícula já paga. Se você estiver interessado em fazer o curso, recomendo que dê uma chorada junto à coordenação. A Ági é supersimpática e está disponível para resolver problemas.

Comparando com outros cursos que fiz:
- No Goethe o pagamento é todo adiantado (sem choro nem vela) e feito por transferência bancária.
- Em Pécs não há taxa de matrícula. O pagamento é feito no dia da apresentação (o domingo antes do curso). O valor é dado em euro, mas o pagamento é em forint. O problema aí é a taxa de conversão que eles usam, não exatamente amigável. Calcule com uma boa margem de segurança.

Muita gente aqui está como bolsista, inclusive o outro brasileiro do grupo (sim! Dessa vez não sou a única brazuca da turma). Os bolsistas têm hospedagem paga (em quarto compartilhado) e refeições também. Não lembro se também recebem tíquete de ônibus.

Uma dica, principalmente para quem fizer a inscrição muito antes, é trazer o comprovante do banco. Eu tinha feito a minha há tanto tempo que o pessoal já nem lembrava que eu tinha pago. É sempre bom garantir, né?

Sobre a inscrição propriamente dita, isso é o que estou conseguindo me lembrar agora. Já eu volto com outros posts e falo sobre o curso propriamente dito.

Viszlát!

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Curso de húngaro na USP

Olá, leitores!

Infelizmente fiquei um tempo sem aparecer por aqui (coisas do trabalho, entre outras) e perdi o timing para divulgar essa notícia maravilhosa e bombástica, que infelizmente divulgo com atraso (shame on me):

A USP está oferecendo cursos de húngaro!!! \o/

Isso mesmo: a USP está oferecendo cursos de húngaro!


Tem o apoio da Universidade de Pécs. Se o material usado for o MagyarOK, vocês vão me ver escondidinha numa das fotos que ilustram o livro, hahaha! (mistério)

Excelente notícia. Super obrigada à professora Sarolta Kóbori pela divulgação.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Algumas fotos de viagem

Olá, pessoal! (alguém aí?)

Faz tempo que não atualizo nada aqui no blog, eu sei... mas andei atualizando algumas fotos no Flickr - inclusive de alguns passeios que fiz nos cursos da Hungria e não cheguei a comentar, como Mohács e alguns giros em Pécs mesmo. Também postei fotos de Cartagena.
Infelizmente não estou conseguindo postar as fotos na velocidade em que gostaria, já que o uploader do Flickr não me ajuda muito - mesmo que eu reduza o tamanho das fotos.

Mas um dia eu chego lá!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Um "oi" rápido para o pessoal do húngaro!

Olá, leitores! [alguém aí?]

Este blog é uma geleia geral sobre assuntos que estou vivenciando no momento e quando tenho tempo de escrever. Mais de dois anos de bagunça (já?).

O assunto que mais traz as pessoas aqui pelos caminhos do Google é... tãdã! Aprendizado de húngaro. E no final do ano passado/início deste ano a procura explodiu. É quando os estudantes estão planejando seus intercâmbios, procurando editais... e, bem, 2014 foi um ano paradinho para mim nesse quesito. Fiz minhas aulas pelo Skype, aprendi coisas novas, mas sem me dedicar tanto como essa linguinha danada merece. 

Mas o pessoal vem aqui, eu sei que existe pouco material na internet e dá até uma certa preocupação... sério! Então resolvi fazer um resuminho para você que chegou ao blog agora:

- cursos no Brasil: veja aqui e no Cidadania Húngara (confira também os comentários, sempre aparece algum professor com novas informações). Se quiser fazer aulas pelo Skype, aqui o contato da minha profe. 

- Material gratuito: o site Cidadania Húngara, acima, tem o link do curso do FSI dividido em 3 partes. Já tentei o curso do Livemocha e, sinceramente, não gostei muito: achei bitolado... criaram o curso de um idioma (acredito que o inglês) e a partir daí simplesmente traduziram para gerar os cursos de alemão, espanhol, etc.
Confira também aqui.
Obs: Quando quero formar opinião sobre uma série de idiomas, confiro o material de ensino de português. Se houver muitas falhas (e o Livemocha tem algumas), já fico com um pé atrás.

- Comentários sobre outros materiais: vejam este post que escrevi para o Mochileiros (23/10/2014). Estou com a ideia de desenvolvê-lo melhor, incluindo outros materiais, e postar essas informações no blog. Por enquanto, vai o post do Mochileiros mesmo.

- Pessoal que quer fazer doutorado sanduíche (acredito que não seja o caso da maioria, mas tá valendo): dicas aqui e nos posts seguintes. Dicas bem práticas de sobrevivência, como lidar com a burocracia da Capes, etc.

Por enquanto é só! Vou fechar mais uns posts sobre a viagem a Cartagena e ver se escrevo sobre alguns assuntos acumulados. Uma das minhas promessas para 2015 (tomara que eu consiga cumprir) é dar um gás aos estudos de húngaro. Aí terei mais sobre esse assunto para escrever aqui.

Siasztok!

domingo, 18 de janeiro de 2015

Cartagena: dicas e comentários

A pergunta que todo mundo fez quando eu disse que tinha ido a Cartagena:

Como são os preços lá?
Não achei muito diferentes dos preços que vejo em viagens nacionais.  É difícil comparar, pois Cartagena é considerada uma cidade cara para os padrões da Colômbia e Brasília é uma cidade cara para os padrões do Brasil. Confesso que achei que gastaria bem menos do que acabei realmente gastando.
- Alimentação em lojas de rede sai mais barato - não muito, talvez uns 10 a 15%; 
- souvenir: encontrei boas camisetas a 10.000-15.000 pesos; comprei uma bolsa wayuu por 85.000 pesos; bolsas de tecido por 30.000 pesos;
- café: varia muito conforme a marca. Se você é fã de café gourmet, vale a pena pesquisar as marcas e opções antes de viajar.
- Táxi: esse realmente é bem mais barato que no Brasil. Uma corrida de Bocagrande até a cidade murada sai por 6.000 a 7.000 pesos.
- Passagem de microônibus: 1.800 pesos.
- Preços no supermercado: aqui, para os curiosos.
- Revista semanal de informação (Semana): 10.900 pesos [tenho mania de comprar jornais e/ou revistas nos lugares que visito! A propósito, não vi revistarias onde andei. Só alguns jornaleiros com revistas expostas em cavaletes]
- Entrada de cinema, multiplex, 2D: 11.500 pesos (mais aqui).
- Se você viaja sozinho e quer ficar em hotel, não tem jeito: é praticamente o mesmo preço que uma diária de casal. Paguei R$960 por 5 diárias, incluindo as taxas do Decolar. 
Ainda sobre dinheiro, vale a pena repetir a dica: pelo menos hoje, o melhor é levar dólares.

Você esteve somente em Cartagena?
Essa também foi uma pergunta frequente. Sim, fiquei só lá.
Vi em alguns blogs por aí que 2 ou 3 dias são suficientes para conhecer todas as atrações da cidade murada. Fiquei 4 dias completos (isto é, excluindo os dias da chegada e da partida) e ainda deixei de visitar alguns lugares importantes, em parte por falha na minha programação (já que peguei um feriado local). Como gosto de curtir os lugares num ritmo mais lento, para mim ficou bom. De qualquer forma, se fosse conjugar Cartagena com algum outro destino (Santa Marta, por exemplo), acho que ficaria meio corrido.
Se um dia tiver oportunidade de voltar a Cartagena, gostaria de visitar o Castillo San Felipe de Barajas, o Convento de La Popa e os museus do centro (apesar de ter lido muito por aí que os museus de Cartagena em geral são meio fracos comparados aos de Bogotá, por exemplo). Além de fazer uma aulinha de mergulho. Agora que tenho uma noção melhor de preços, ficaria mais tranquila. Também gostaria de dar uma passada em Mompox. É... o "bom" de perder um passeio importante numa viagem é ter mais uma desculpa para voltar.

Uma vez perguntaram se era perigoso (acho que praticamente não me perguntaram isso porque já viam minha cara de viajante feliz). Bem, na véspera desse diálogo minha mãe tinha sofrido uma tentativa de assalto durante o dia, praticamente em frente ao prédio, indo à padaria. A verdade é que nem precisamos ir longe para nos arriscar... a coisa está feia na Terra Brasilis. :-(
E bem, achei a cidade policiada e com boa sensação de segurança. Não fiz muitas caminhadas noturnas e mesmo essas foram só em Bocagrande. Achei tranquilo. 

Como são as pessoas fisicamente?
Ué, o mix étnico deles é bem parecido com o dos brasileiros. Existem variações regionais, lá como cá. 

Mais algumas dicas:

- tomada com pino chato, 110V. Levei adaptador e deu tudo certo.
 - Os policiais do aeroporto fizeram perguntas na chegada e na partida. Nada do outro mundo, mas sugiro que você leve o voucher do hotel, as passagens e um comprovante do seu vínculo de trabalho. 
 - O que estudei de espanhol antes da viagem, eu usei (inclusive com os policiais!). Até acredito que seja possível se virar com a dupla portunhol + inglês mas, se você souber alguma coisa de espanhol, a viagem fica pelo menos mais autêntica e interessante. É muito bom poder conversar com qualquer pessoa (taxistas, senhoras da limpeza, vendedores) em vez de se limitar aos que puderam estudar mais e aprenderam inglês. Hoje em dia qualquer cidade tem um cursinho xexelento de inglês e espanhol, então aproveite! [Diferente do húngaro, que não oferece tantos recursos e é uma língua bem mais demorada para aprender... então o jeito é começar na Hungria se virando em inglês ou alemão mesmo]
- Mapa: confira!


Alguns blogs com dicas interessantes:
Small Fashion Diary: a autora mistura democraticamente o "farofão" e o "ostentação". Super me identifiquei, haha! Dicas de vida noturna, para quem é fã.
Self guided tour no blog mochilando por aí: superdidático, principalmente para quem tem um péssimo senso de orientação (presente!) ou tirou um monte de fotos e não lembra o que fica onde.
Granada de muffin: dos blogs pessoais que vi por aí, achei que esse foi um dos que melhor traduziram o espírito da aventura de ir a Cartagena. Boas explicações sobre as praias, os ambulantes e algumas roubadas.
Histórias da Di: alguns dos principais pontos turísticos.
Colombiamipassion: vale a pena conferir as impressões dessa jovem de Fortaleza que fez intercâmbio na Colômbia e morou em Cartagena.
Guia do Melhores Destinos: no fórum tem esse guia de Cartagena por um cartagenero, com ótimas dicas que não costumam aparecer em outros sites.

E por fim...
Embora eu tenha falado algumas vezes sobre os ambulantes insistentes e uns vendedores de loja mal humorados, achei as pessoas de modo geral muito simpáticas e educadas. Em alguns casos eu demorava mais para ser atendida em um restaurante e os outros fregueses já notavam a situação e faziam menção de chamar um funcionário, tomando minhas dores. Uma vez tropecei na rua e rapidinho apareceu um passante que me ajudou a levantar. Os policiais no aeroporto fizeram perguntas com objetividade e cortesia.
Mesmo os ambulantes chatos (kk) estão lá para ganhar o pão deles e não me senti ameaçada em nenhum momento. Claro que, de qualquer forma, as dicas de não aceitar "regalos" e não "dar papaya" (isto é, não vacilar) são válidas, pois em qualquer lugar existem pessoas não tão do bem assim.
Enfim, senti-me bem acolhida enquanto estive lá. :-)


quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Cartagena: reta final e retorno ao Brasil

Como já comentado em outros posts, dia 13 foi feriado na cidade. Passei no centro histórico pela manhã e vi que várias atrações (por exemplo, o museu do ouro) funcionariam em horário reduzido. Comprei os últimos souvenirs. Na loja, o vendedor falava inglês e eu respondia em espanhol. Quando soube de onde eu era, soltou um: "Brasil? Portunhol!" - denunciando os muitos turistas brasileiros que devem ter tentado essa solução por lá.

Vou dizer... fiz semestre intensivo, tudo para aprender o máximo antes de viajar, e tenho que ouvir essa do portunhol... aiai!

O tempo estava com cara de chuva e resolvi voltar mais cedo a Bocagrande. Boa parte do comércio estava funcionando.

Vi algumas pessoas sujas de espuma na Av. San Martín. A brincadeira não fica restrita à cidade murada: Getsemaní, Bocagrande, Castillogrande também são cenário do "mela-mela" das festas novembrinas.

No final das contas, acabei fazendo um dia mais light e preguiçoso. Andei um pouco em Bocagrande mesmo e, à noite, comecei a arrumação de malas (chuifs!).

Na manhã seguinte tomei café e não enrolei muito: táxi! O motorista era um senhorzinho figura, meio incrédulo porque eu tinha viajado sozinha (gente, sério... estou tão acostumada a viajar sozinha que acho até estranho quando questionam isso). "Mas e o marido?"; "Não tenho... no Brasil são 4 milhões de mulheres a mais que homens e eu sou uma delas", hahaha! Sem stress. 

Fiz um lanche, gastei os últimos pesos colombianos que ainda tinha e fui para o check in. O funcionário disse que eu teria que pegar um carimbo de nada consta da aduana e apontou a direção do guichê. Tranquilo, sem filas. Peguei o carimbo e voltei para o check in. Apesar de a Copa ter voo direto para Brasília, minha volta foi pelo Galeão e paguei duzentas dilmas a menos fazendo dessa forma. Tudo bem que eu passaria umas 5 horinhas no Rio curtindo a madrugada no aeroporto, mas valeu a economia.

Antes de pegar o voo para o Panamá, as inspeções de segurança. Além de perguntar o que eu tinha feito ("turismo", respondi) e quantos dias tinha ficado, o policial perguntou também a minha profissão! Quando respondi, ele pediu para eu explicar um pouco minha rotina de trabalho. Ele não ficou caçando contradições, repetindo perguntas nem nada - mas penso que vacilei em não ter levado um crachá, contracheque ou algo que provasse meu vínculo de trabalho. 

Assim como na ida, na volta o tempo de conexão no Panamá também seria de cerca de 30 minutos. O problema é que dessa vez o portão onde eu pegaria o trecho seguinte era bem distante do portão onde desci. Tive que correr para atravessar o aeroporto. Não deu tempo nem de ir ao banheiro; o embarque já estava sendo finalizado. Muita emoção para o meu gosto!

O avião para GIG era maior e mais confortável que o avião para BSB, com direito a entretenimento individual. Porém, não pude fazer a caminha usando os assentos ao lado: a lotação estava completa. O voo foi tranquilo, sem as turbulências da ida.

Ao desembarcar no Rio, fomos até a esteira de bagagem (estava meio confusa a sinalização e as esteiras são distantes umas das outras, mas deu tudo certo). Depois, nova emoção com a Polícia Federal. Dessa vez eu já estava preparada, com a carteira de identidade na mão. A moça levou o documento junto com o passaporte, conversou com os colegas e voltou para me devolvê-los.

Esperei umas horinhas, despachei a bagagem novamente e peguei o voo da TAM. Chegada tranquila seguida do maravilhoso ritual de contar histórias, mostrar fotos e distribuir as lembrancinhas. Só alegria!

No final das contas, não consegui visitar todos os lugares que gostaria. Por outro lado é bom, pois fica uma desculpa para voltar...

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sábado, 10 de janeiro de 2015

Alimentação em Cartagena: opções que testei por lá - e minha experiência no Juan Valdez

Edit (jul/2016): Minha experiência no Juan Valdez em Cartagena não foi das melhores, mas em Medellín foi tudo lindo.
 
Cartagena tem opções para todos os gostos e bolsos! É culinária fusion, é restaurante com frutos do mar, comida italiana, argentina, peruana... isso sem falar na comida vendida na rua: empanadas (fritas, têm um aspecto que lembra risole), arepas, frutas...

Na cidade murada não vi tanto, mas a San Martín tem também várias cadeias de restaurante no estilo mais fast food.

Quando a gente não come carne, os conceitos de "bom restaurante" se subvertem um bocado, vamos dizer assim. Bom restaurante não é o que tem chefs estrelados, muito menos as grandes novidades da cozinha molecular. Bom restaurante é o que oferece boa variedade de uma comida que estamos dispostos a comer, e com valor nutritivo pelo menos razoável. Simples assim, ou deveria ser! Dicas de comida vegetariana em Cartagena aqui.

Ao contrário das minhas viagens à Hungria e à Alemanha, o pouco tempo que passei em Cartagena não justificava fazer compras em supermercado. Comi na rua mesmo. Outra coisa: comi em horários malucos. Nem tive tempo de me adaptar à diferença de 3 horas no fuso horário.

Listando e comentando as opções que explorei por lá:

- Sándwich Qbano (pronuncia-se "cubano"): no meu livro editado na Espanha aprendi que sanduíche = bocadillo, mas na Colômbia é "sándwich" mesmo. É uma rede de lanchonetes  bem fast food, com paredes coloridas e atendentes apressadinhas. Você recebe um pager e, quando o danadinho tremelica, é porque seu pedido está pronto.

Só há uma opção de sanduíche vegetariano (lacto), que achei uma delícia. Que tempero é aquele? O pão é quentinho e de boa qualidade. Fui duas vezes. O sanduíche com refri saiu por 12.100 pesos, tudo incluído (IVA e serviço).

- Restaurante Vegetariano los Girasoles: acho que acabou sendo o único lugar onde fiz uma refeição "de verdade" (shame on me!). Até vi outros restaurantes com opções vegetarianas na cidade murada, mas ou não estava com fome ou eles não estavam abertos no horário... enfim. Calhou de almoçar no Girasoles e foi simplesmente ótimo! Totalmente recomendável.
Esse é um restaurante no estilo PF: menu do dia (divulgado na página do Facebook), prato único. Sopa de entrada, suco e refeição principal pela bagatela de 7.000 pesos. Dependendo do horário, pode estar bem cheio. Minha dica é: vá para o andar superior! É mais tranquilo e silencioso. Mesas grandes, geralmente compartilhadas. Algumas fotos e comentários neste blog.

- Subway: não tem segredo, é igual às outras lojas da rede que conhecemos por aí. Fui à do Plaza Bocagrande. Não tinham muitas opções vegetarianas no shopping... a outra era uma loja do Crepes & Waffles, que não estava aberta quando fui.

- Arepas Pues: arepas são como panquecas ou tapiocas: um disco de massa de amido que pode ser frito ou assado e levar recheio ou servir como acompanhamento de refeições. São populares na Colômbia e Venezuela e o estilo varia bastante conforme a região. 
Gente, sintam o site do restaurante. Musiquinha e tudo! [Embora eu não seja grande fã de música em sites, devo dizer que nesse caso combinou]. Eles têm uma arepa lactovegetariana com recheio de pimentão, champignon e mais um bocado de coisas. Gostei demais do tempero. Massa fininha e crocante. Infelizmente eu não tinha levado a câmera quando fui jantar lá e, quando voltei no dia seguinte (13/11) era feriado e eles não estavam funcionando. Para os lactoveg que quiserem experimentar uma coisinha típica num restaurante "simprão", o Arepas Pues é imperdível. A arepa vegetariana e a limonada saíram por 10.500 pesos.

- Gokela: não sei o que aconteceu com o site oficial, então coloquei o link para uma página que comenta sobre a casa. É um restaurante que serve sucos e sanduíches (ou wraps) montados: o cliente escolhe os ingredientes entre as opções expostas no balcão. 
Gostei da variedade de ingredientes e da simpatia das funcionárias. O preço é que não foi muito amigo: 30.000 pesos pelo wrap acompanhado de suco.

Mia Gelateria: descobri essa sorveteria durante o city tour. 4.000 pesos uma bola de gelato italiano? Maravilha! Provei só o de canela, muito bom.

- Cat Cake Bakery: é basicamente uma oficina de doces artesanais. Cupcakes, bolos com pasta americana... para quem quer saborear um doce na hora, vou avisando que a estrutura é um balcão minúsculo. Pedi uma torta de nozes pecã simplesmente maravilhosa e um expresso Illy. Saiu por 12.000 pesos.

- Juan Valdez: a famosa rede colombiana é frequentemente comparada ao Starbucks. Os pontos de venda podem ser as cafeterias completas ou quiosques (por exemplo, em alguns shoppings). Além do café e seus acompanhamentos, também é possível encontrar produtos de souvenir (canecas, camisetas, etc). Comprei uma latinha de biscoitos de café, outra de rolinhos de canela e um pacotinho de chocolate com grãos de café. A malteada deles é muito gostosa também.

Mas, porém, todavia, entretanto...
Achei o atendimento bem complicado, para dizer o mínimo. Aí está o print da avaliação que fiz no TripAdvisor:
 Dias depois, outra usuária do TA fez a seguinte resenha:
Chato, né?
E não foi por falta de tentativas:
- O problema com o mostruário/fila foi na loja da San Martín. Quando pedi só a malteada, a moça ficou oferecendo acompanhamentos. Só que eu estava no caixa perto do mostruário e sem acesso ao menu. Parece que eles ficam meio decepcionados quando você faz um pedido "simples" e não escondem muito isso.

- Depois fui ao quiosque do Plaza Bocagrande. O atendente foi meio impaciente quando pedi para repetir mais devagar (mas OK). Também pareceu meio chocado com o pedido "simples"; bem, quando o atendente é impaciente eu não fico perdendo o tempo dele... tem que ser simples mesmo.
- Dia 13 fui à loja do Centro Comercial La Mansion, em Bocagrande e não me atenderam de forma ríspida. Só que a moça perguntou meu nome e simplesmente me esqueceu. Depois de 45 minutos, levantei-me com a nota e perguntei com tranquilidade se havia algum problema. Ela ficou super sem graça e providenciou o pedido.
Esperei esse tempo todo porque bateu uma curiosidade sobre o tempo que eu seria ignorada. Gente, eu não devia ter feito isso. Acabou criando uma situação que praticamente estragou meu penúltimo dia em Cartagena. Não me considero uma pessoa mimizenta que vive exigindo tratamento VIP. Porém, ninguém gosta de se sentir maltratado, não é verdade? E, quando você está sozinha num país desconhecido cuja língua não domina, você acaba dependendo um pouco mais da boa vontade dos outros. Numa hora dessas, um bom acolhimento é ainda mais importante.

- Dia 14, no aeroporto, vi que a única lanchonete antes da área de embarque era um quiosque do Juan Valdez. Eu já estava bem traumatizada, mas fazer o quê? E eis que deu tudo certo. 
Porém, no balanço geral, devo dizer que o Juan Valdez acabou sendo uma das minhas maiores decepções nessa viagem à Colômbia. Espero que tenha sido só azar e que eles atendam melhor em outros lugares - e com uma orientação melhor aos que não conhecem o sistema da loja. O cliente que vai a um lugar pela primeira vez é o que mais tem probabilidade de agir como um manezão, mas também é o que certamente não voltará se não for bem atendido. Como diz a canção: "a primeira vez é sempre a última chance"...

Obs: o aeroporto tem outras opções na área de embarque internacional: um quiosque de café com alguns acompanhamentos e um restaurante/fast food com especialidades árabes.

 Até a próxima!

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Passeando no ônibus de city tour

Quem viaja por aí já deve ter visto aqueles ônibus, geralmente de dois andares, que dão uma volta pela cidade e passam pelos principais pontos turísticos. Em Cartagena também existe esse tipo de serviço, oferecido por diferentes empresas e com propostas também um pouco diferentes. Meu programa do dia 12/11 foi um passeio num desses ônibus. Já explico. Vamos lá?

- O Citysightseeing Cartagena é o clássico ônibus vermelho de dois andares, com audioguia. Eles fornecem o fone, daqueles de avião, e fica com você. Não tem opção de áudio em português, mas o áudio em espanhol é bem facinho de entender. O sistema é o chamado "hop on hop off": você pode descer onde quiser, fazer suas caminhadas e depois pegar o ônibus sem ter que pagar novamente. O tíquete vale por dois dias. São 8 pontos de parada, passando pelos bairros de Bocagrande, Castillogrande, Getsemaní, Manga (um bairro residencial simpático) e outros. Não circula dentro da cidade murada. O intervalo entre os ônibus é em torno de 1 hora e meia, podendo ser até mais longo em alguns horários. Confira a tabela aqui.


Comprei o tíquete por 45.000 pesos (para crianças é 35.000) em frente ao McDonald's da San Martín. O ônibus chegou uns 10 minutos depois do previsto. Aproveitei para fazer um reconhecimento geral da região mais distante da cidade murada e tirar algumas fotos de dentro do ônibus mesmo. Minha ideia era tirar o dia seguinte para ir ao Castillo San Felipe de Barajas, que faz parte do roteiro.

Só que... quando já estava descendo de volta ao hotel, a guia disse que não haveria passeios no dia seguinte (13 de novembro é feriado em Cartagena) e o tíquete seria válido até dia 14. O homem que tinha me vendido o passeio no McDonald's não tinha me informado isso e, aparentemente, também só ficou sabendo quando comentei. E que dia 14 eu já estaria voltando! O que fazer então?

Só de má, resolvi fazer o circuito novamente à tarde. Sim, fiz a volta completa do city tour duas vezes no mesmo dia! Afinal eu tinha que fazer jus aos 45.000 pesos, hehehe! Então bora pegar o ônibus de novo às 14:25 para pegar o tour a pé pela cidade murada. Esse tour é gratuito (em termos, já que todo mundo paga uma gorjeta ao guia) e termina na hora em que o ônibus passa novamente no local, ou seja, dura cerca de 1h30.

O guia era um senhorzinho que contou várias histórias interessantes (o que foi bom) e nos levou a algumas lojas "para ver, sem compromisso" (o que já não é tão bom, mas não chegou a tomar tanto tempo do passeio). Eu era a única brasileira num grupo formado por hispanofalantes (argentinos, um casal de uruguaios de meia idade, umas jovens de Honduras...) e o tour foi em espanhol. Um grupo pequeno e com boa química. Por mais que você seja bem resolvido sobre viajar sem companhia, a ideia de fazer parte de uma turma muitas vezes é bem vinda, e os grupos de tour ajudam bastante.

- Outra opção é o City Trolley Tour. Peguei o folheto, mas não testei. Aparentemente, esse tour não é no sistema hop on hop off. São 4 pontos de parada, e os intervalos são mais longos que no CitySightseeing. Nos tours de 9:00 e 14:00 há a opção de entrar no Castillo de San Felipe; o trolley passa 50 minutos mais tarde.



O tíquete do trolley tour custa 35.000 pesos para adultos e 25.000 para crianças de 4 a 12 anos.

- Uma opção com uma proposta mais boêmia é a rumba en chiva. As chivas são caminhões adaptados para transporte coletivo. É um tour com música ao vivo (a banda toca dentro da chiva) e bebidas. Para quem gosta desse tipo de passeio, vale dar uma pesquisada.

Vale a pena fazer esses tours?

Minha opinião: pode ser interessante para quem fica mais de 3 dias na cidade e quer ver além da cidade murada; mas pode ser dispensado sem maiores dramas.

Para mim valeu: eu estava num esquema mais preguiçoso e a comodidade de percorrer dezenas de quilômetros sem esforço foi interessante. Também fiz um reconhecimento por bairros mais distantes da cidade murada, passei pelo bairro de Getsemaní (que eu estava curiosa para conhecer, mas estava com um certo medinho em função do que tinha lido sobre ser perigoso e tal), tive uma noção de distância, aproveitei as informações do áudio-guia... 

Por outro lado, um dos meus principais objetivos - aproveitar o ônibus para visitar o Castillo de San Felipe no dia seguinte - não foi cumprido, já que não haveria tour. Se for só para visitar o Castillo, melhor pegar um táxi: sai mais barato.

Como a grande maioria das atrações de Cartagena está dentro da cidade murada (as exceções são o Convento de la Popa e o Castillo San Felipe de Barajas), vale a pena você se perguntar se o city tour atende o que você quer fazer em Cartagena.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Museu Naval do Caribe

No final do meu passeio pela cidade murada, lá pelas 4h da tarde, vi uma construção com dois canhões na entrada. Era o Museu Naval do Caribe.



A entrada custa 8.000 pesos. O museu estava quase vazio; durante a maior parte do tempo, tive a exposição toda para mim (que chique!). Nesse meio tempo, outro visitante apareceu e me pediu para tirar uma foto dele.

As peças em exposição vão desde algumas peças arqueológicas dos tempos pré-colombianos - podem-se ver alguns utensílios dos indígenas que habitavam a região - até objetos mais recentes. Algumas maquetes também. Sem falar dos manequins vestidos a caráter, como esse incauto cidadão vítima de flechas envenenadas:


Uma das principais características do museu é o grande número de painéis de textos explicativos. Se quiser ler tudo com calma, vá descansado e com tempo. 

Muita informação sobre as potências marítimas que disputavam a região e o papel dos piratas nessa história toda. Mais ainda: a relação entre a pirataria e os governos da Inglaterra e da França. Henry Morgan, por exemplo, começou como pirata e terminou como governador da Jamaica, com título de Sir. 
Os textos são todos em espanhol. Algumas poucas maquetes são acompanhadas de textos em inglês. Nas resenhas do TripAdvisor, é bem clara a decepção de muitos dos não falantes de espanhol sobre essa questão. Se você é um dos lusofalantes (eu tinha que usar essa palavra!) que têm aflição em ler espanhol (conheço gente assim), saiba que você vai perder boa parte das informações presentes no museu.

Esse foi o único museu que visitei em Cartagena, mais por falha de programação do que por qualquer outra coisa. Vale a pena para quem quer aprender mais sobre a história da região.
Até a próxima!

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Entrando numa roubada

Depois de ver o desfile e andar um pouco pela cidade murada, fui parar na Plaza de la Aduana. Estava tirando umas fotos e apareceu um... vendedor ambulante! Pela insistência, os ambulantes de Cartagena acabaram me lembrando os do Pelourinho. Só que são mais numerosos. Devo dizer que nenhum me ofereceu "regalos" que seriam cobrados depois (minto: tive que sair correndo das massagistas de praia em Barú), nem fez com que eu me sentisse ameaçada. Mas, no final das contas, o forte assédio dos ambulantes foi o que mais me incomodou em Cartagena.

À esquerda vemos uma parte da Catedral San Pedro Claver, perto da Plaza de la Aduana - além de várias esculturas interessantes, como essa. Cuidado ao fotografá-las, pois um ambulante pode estar de olho!

Esse vendedor oferecia peças (colares e pulseiras) parecidas com as feitas em Cristalina que compramos em Brasília. Parei um instante, baixei a guarda e ele: "es más barato que en la 25 de Março". Gente, quando o cara é chato fica menos difícil: "no, gracias" e apressar o passo. Mas quando o cara tem presença de espírito e você dá uma risadinha ou baixa a guarda... é um erro fatal. Se bem que eu estava mesmo querendo um souvenir, então vamos lá.

O homem tinha umas pulseiras com umas pedrinhas verdes; comentei que eu preferia um colar e ele disse que faria um na hora. Começou a desmanchar umas pulseiras e montar as pedrinhas num fio de nylon. Conversando sobre a copa, viagens, férias, eis que ele terminou e foi colocar o colar em mim. E aí a trollagem mega master (e isso porque o sujeito nem parecia estar com raiva de mim): o fecho não abria! Não sei o que ele fez, mas tive que cortar o colar para tirá-lo quando cheguei ao hotel. Gente, que raiva! Trolada por um ambulante, depois de ter lido tanto sobre eles! É demais.

Resultado: estou com o colar desmontado. Vou comprar um fecho numa casa de artigos para bijuterias e tentar me redimir dessa história.

Moral da história: quer montar um colar, pulseira, etc? Escolha o tipo de fecho antes! E, de preferência, não deixe que eles ponham em você. Faça o teste você mesma, fechando a peça em torno do seu pulso.

Estou achando o ó do borogodó ter que confessar essa trolagem aqui no blog; mas se com isso eu conseguir evitar outra vítima, este post cumpriu sua missão. 

Até a próxima!