quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Tchau, Berlim! Rumo a Göttingen - viajando de ônibus

Depois das emoções da chegada e de um fim de semana em Berlim, hora de partir para Göttingen e começar o curso de alemão no Instituto Goethe. O próximo post vai ser sobre o que me levou a fazer esse curso e como foi o processo de inscrição.

As aulas começariam de fato na terça, e a segunda-feira (o dia da viagem) estava reservado para a apresentação: fazer um teste de nível, pegar a chave do alojamento e receber mais algumas informações.

Ao programar a viagem de Berlim a Göttingen, uma primeira angústia: pesquisando no site da Deutsche Bahn, vi que cada trecho custaria a bagatela de 80 euros [obs: fiz essa pesquisa com mais de 3 meses de antecedência, e refiz outras vezes]. Como assim?!! O bilhete entre Pécs e Budapeste custava em torno de 15 euros, também para viajar em torno de 3 horas e meia. Então segui a dica de uma amiga alemã e fui de ônibus. Veja ótimas informações neste blog.

O blog Agenda Berlim fala mais especificamente da BerlinLinienBus. Só que um site comparativo (que não consegui localizar agora) deu uma informação importante: a principal concorrente na rota, a MeinFernBus, dava direito a dois volumes de bagagem sem cobrança. [O site da BLB foi atualizado: para a primeira e segunda mala cobra-se uma taxa de 1 euro por volume, e 10 euros a partir da terceira mala. Veja aqui]. 

Na primeira tentativa de comprar a passagem pela MeinFernBus, apareceu uma mensagem de erro ao inserir os dados do cartão. Enviei uma mensagem com print de erro em anexo para a página da empresa no Facebook e eles responderam de forma muito educada, mas dizendo que tinham testado e não tinham conseguido reproduzir o problema. No dia seguinte tentei outra vez e a compra deu certo. Saiu por 18 euros o trecho. Comprando um pouco mais em cima da hora, teria saído em torno de 22 euros. O passageiro pode fornecer um número de celular e, caso o ônibus se atrase, você recebe um SMS avisando.

O site da empresa não tem versão em inglês. Para se comunicar com eles nesse caso, uma boa dica é entrar em contato pelo Face.

Até agora falei como foi a compra. E a viagem?

O ônibus sairia às 8:30 da estação rodoviária central (ZOB, ou Zentraler Omnibusbahnhof), no lado que era Berlim Ocidental (aqui). Apesar de a cidade ter uma super rede de transporte público, dei uma de fresca e peguei táxi. Era cedo, eu estava com bagagem pesada... bem, não lembro exatamente quanto custou. Acho que em torno de 18 a 20 euros. Táxi não é barato em Berlim! Ao menos valeu como um tour. Passamos pelo Tiergarten e valeu a vista!

Aquela história de que os táxis lá são modelos de luxo (para nós) é a pura verdade. Mercedão com ar condicionado e conforto. De modo geral os taxistas são mais caladões, não ficam puxando conversa. O que me levou nessa viagem estava concentrado no whatsapp (o aparelho ficava num suporte no painel), digitando alguma coisa em turco.

A rodoviária tem diversos comentários no Google, a maioria num tom bastante negativo: suja, confusa, indigna da cidade...

Não posso dizer muito, pois não procurei os guichês das empresas nem andei pelas lanchonetes, banheiros, etc. Fui direto para a plataforma com meu bilhete impresso. Cruzando o prédio dos guichês e lojas, vi alguns tipos meio estranhos bebendo logo cedo na lanchonete; nada que parecesse ameaçador. Vi também vários cartazes de advertência no quadro de avisos ("cuidado com os batedores de carteira", essas coisas). Sinceramente? Se você tem alguma experiência com viagens de ônibus, já deve ter visto muitas rodoviárias "podrinhas" por aí. A de Berlim me pareceu ajeitada, embora realmente fuja dos padrões de algumas estações ferroviárias que mais parecem shoppings. O que me chamou a atenção é que, no Brasil, uma rodoviária numa cidade de 3 milhões de habitantes seria bem maior.

O ônibus chegou pontualmente à plataforma. Muitos estudantes. Faríamos uma única parada no caminho. O motorista indicou o local das bagagens (dependendo da cidade, ficariam do lado esquerdo ou direito do ônibus) e cada um colocou suas malas. Nada de etiquetas ou comprovantes. 

Cada um sentava-se onde queria. Achei o ônibus confortável. Tinha wi fi - não muito boa, mas tinha. E assim fomos pela estrada em direção a Göttingen numa viagem tranquila.


2 comentários:

  1. Enfim encontrei algum brasileiro em tempo real em Göttingen! Rsrs Também Irei fazer um curso no Institut Goethe em maio e estou muito ansiosa, pois não sei falar inglês nem alemão..hahaha :p Até quando é o seu curso?! :)

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  2. Olá! Na verdade, esse meu post foi escrito com um pouco de atraso. Fiz um curso de duas semanas e já voltei! Tenho tido alguns probleminhas que me impedem de manter o blog em dia. :-(
    Sobre o curso, ainda pretendo escrever um pouco mais sobre as atividades em aula... não foi muita coisa, já que fiquei pouco tempo e não fiz nenhuma prova no final.
    Acabei tendo mais convivência com pessoas que já falavam alemão, então esse era o idioma que usávamos nas conversas... mas tem muitos iniciantes lá também (eles tinham aula numa outra parte do prédio), e encontrei outros brasileiros.
    Maio é uma boa época, com temperaturas agradáveis... acho que você vai curtir.
    Aproveite bastante! :-)

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