quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Perdida em Göttingen - de novo!

É, hoje me perdi de novo! Mesmo com o mapa. As ruas vão mudando de nome, é uma coisa de louco. Fui parar num parque, chateada por ter um tanto de coisas para fazer e ainda perder tempo dando voltas (perder-se um pouco pode ser uma boa forma de conhecer a cidade, mas se você só chega aos lugares por tentativa e erro... não adianta nada!). 

Daí vem um menino de uns 3-4 anos na minha direção e solta um "Hallo, du!". Achei fofo e respondi logo com um "hallo", pensando: se ele quiser doces de Halloween, não tenho nada aqui comigo. :-(  . Então vem a mãe dele logo atrás dando bronca: "Não é assim que se fala com as pessoas!". E assim se encerrou minha conversa com o pequeno alemãozinho...

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Perdida em Göttingen!

Furando a ordem cronológica (tem alguma ordem nesse blog?). Hoje resolvi sair do supermercado rumo ao centro e... peguei a rua errada. Como aqui muitas ruas não fazem ângulo de 90 graus, isso quer dizer: quanto mais você tentar consertar a besteira, mais se afunda nela. Como areia movediça.
Resultado: depois de 2h andando a esmo (com chuva, frio, minhas mãos ficando dormentes e eu sem luvas - espero que minha mãe não leia isso), fui bater na estação ferroviária e de lá peguei um táxi.
Quando chegou perto do instituto, ele começou a puxar conversa. E quem disse que entendi alguma coisa? Frustração total com minhas habilidades na língua de Goethe! Cereja do bolo.
Amanhã (ou quando puder postar) vou falar de coisa boa, vou falar de Tek Pix. Mas agora eu tinha que botar a tecla no trombone. :-O

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Destino: Berlim

Passada a fase de inscrição, o passo seguinte era comprar a passagem.

O documento que recebi do Goethe depois de confirmada a inscrição dava algumas orientações para quem desembarcasse nos aeroportos de Hannover ou Frankfurt.

Só que Hannover não recebe voos diretos do Brasil. E para Frankfurt, as opções de voo que apareceram nas simulações eram as piores possíveis: ou maluquices de mudança de aeroporto (exemplo: desembarque em Viracopos e embarque em Guarulhos 22 horas depois) ou tempo de conexão muito reduzido... então optei por viajar para Berlim pela TAP. Brasília - Lisboa (com pouco mais de 3h para fazer a conexão, o que achei bem razoável) - Berlim.

Os voos foram tranquilos. O embarque em Brasília está um pouco prejudicado pela reforma do aeroporto (ficar em pé numa longa e parada fila, e respirando aquele cheiro de solda e solvente é meio incômodo), mas o importante é que deu tudo certo. Na sala de embarque, um sujeito usava uma camiseta com mensagem canábica explícita. Devia ser cidadão da UE, porque arriscar encrenca na imigração é muita loucura mesmo. Fiquei só na curiosidade, pois não sei que rumo ele tomou. 

Talvez pelo pouco contato com a equipe do Goethe antes do curso, não consegui antecipar a emoção da viagem. Ficava todo mundo me dizendo: "e aí, pronta para o grande dia?" e eu: "é mesmo...". Não que eu não estivesse feliz. Simplesmente parecia tudo muito distante. Mesmo na sala de embarque em Lisboa, ainda não tinha caído a ficha (!). Com um numeroso grupo de russos em excursão, nem o idioma das conversas alheias me ajudava a entrar no clima. A decolagem teve um atraso de 30 minutos. Nada que tenha complicado a viagem.

Então o avião pousou e a ficha desceu. Finalmente! Acho que outro motivo para eu ter demorado a absorver a ideia do curso foi o medo: medo de não conseguir me comunicar e ficar frustrada. Na Hungria eu não tinha isso, porque não tinha grandes expectativas sobre minhas possibilidades de comunicação. Já sei que sou iniciante (OK, A2: "falsa iniciante") mesmo!

Berlim tem dois aeroportos funcionando: Tegel e Schönefeld. A TAP voa para esse último. Um terceiro aeroporto, que deve substituir esses dois, está em construção. Mais explicações aqui, com todas as orientações direitinho sobre como sair dos aeroportos rumo à cidade.

Já na área da esteira de bagagem tem um painel explicando as opções de transporte. Eu já tinha impresso algumas orientações antes de viajar. Só que o sistema de transporte em Berlim é tão perfeitinho que parece ser feito para pessoas perfeitinhas e eu estava me sentindo a arigó-master que não conseguia localizar a estação para pegar o trem RB14. Até que, pelas tantas, pedi ajuda a um sujeito com cara de estudante. Ainda bem. A estação é próxima (acho que dá uns 200m), mas não é visível para quem está na área dos táxis e ônibus.

Também tive medo de não saber como validar o bilhete e pedi ajuda a outro universitário. Fiz a validação numa das máquinas que ficam na plataforma. O processo é simples: você insere o bilhete e a máquina faz um furinho. Veja aqui.

Viajei com 24kg de malas - sem falar na bagagem de mão, bem pesada. Como é chato pegar transporte coletivo com essa tralha toda! Mas não teve jeito: precisei trazer alguns livros (para outro curso que estou fazendo) e roupa de frio.

Enfim... desci na estação Friedrichstrasse e, em vez de pegar mais transporte coletivo, optei por um táxi até o hotel. Assim ficaria logo livre daquele peso todo e poderia tomar uma ducha quentinha. Ah, para montar os roteiros em Berlim é só usar esse planejador de rotas.

A corrida de táxi saiu por uns 10 a 11 euros. O taxista não me destratou nem nada, mas senti que ele parecia meio impaciente enquanto eu catava as moedas para tentar pagar no valor certo. Não consigo identificar moedas de euro à primeira vista, e tenho percebido essa "angústia" por parte do pessoal. O resultado é que tenho pago muita coisa em cédulas... e não é bom acumular moedas, pois as casas de câmbio no Brasil geralmente não aceitam trocá-las [consegui fazer isso só na Confidence, e em condições bem específicas: moedas acima de 50 centavos, totalizando no mínimo 20 euros].

Outra coisa que notei é que os taxistas parecem não ser puxadores de conversa. Ao menos isso não aconteceu em nenhum dos três táxis que peguei até agora. 

Bem, pessoal... o hotel vai merecer um post específico. Por enquanto vou ficando por aqui.

Tschüs!

Rumo a Göttingen - inscrição e preparativos

[Obs: Veja também o link para este outro post, que trata do mesmo assunto.]

Voltando no tempo...

Terminado o curso que fiz em 2012, não é que tinham sobrado uns euros? E a vontade de fazer outro curso de idiomas em 2013... o curso de húngaro deixou um gostinho de quero mais. Só que, depois de trocentos anos fazendo curso de alemão (com interrupções também de trocentos anos), essa foi outra tentação que apareceu. Aí foi seguir a filosofia de "na dúvida, escolha os dois".

Objetivamente falando: acho que um curso de 4 semanas dá um custo-benefício muito melhor que dois cursos de 2 semanas cada um, e sai mais barato também. [Pretendo criar um post comentando o que achei da minha evolução após esses cursos de curta duração, mas vou deixar para quando terminar meu curso aqui]. Mas, como nem tudo na vida é objetividade, resolvi fazer assim.

Marquei minhas férias no final do ano passado, quando os calendários dos cursos de Pécs e de Göttingen (ah, estou fazendo no Instituto Goethe) já tinham sido publicados. Juntei mais uma grana no primeiro semestre e tive a felicidade de fazer o câmbio antes da alta do euro. Isso foi decisivo. Ano que vem a ideia é ficar quietinha... para que meu salário fique igualmente quietinho. Já meti o pé na jaca este ano!

Aqui tem todas as orientações: calendário, ficha de inscrição... é só preencher e enviar.

E por que não fiz o curso de alemão logo em agosto, emendando com o curso de húngaro? Teria evitado a despesa de atravessar o oceano duas vezes!

Verdade. Só que, quando pesquisei os preços de passagens no Skyscanner, os voos entre Budapeste e as principais cidades da Alemanha estavam bem inflacionados - acredito que porque os  voos das empresas low cost ainda não estavam disponíveis. Se bem que no meu caso, com um tanto de bagagem, as low cost provavelmente sairiam bem pesadinhas também. Além disso, os cursos do Goethe no alto verão são do tipo "língua e cultura" em vez de serem só de idioma, e com isso as taxas saem mais pesadas. É lógico que meu esquema ficou mais caro, mas imaginei (um tanto erroneamente) que não sairia tão mais caro assim.

E por que em Göttingen? Achei o perfil meio parecido com o de Pécs: cidade medieval, porte médio (ou seja: muita coisa se resolve andando a pé), universitária (o que quer dizer: muita programação acessível a estudantes com pouca grana). Além disso, o curso aqui acaba em 09/11, e não em 12/11 como na maioria das cidades - o que me daria problemas com a data do retorno das férias. Aqui tem casa de hóspedes, que funciona no mesmo prédio do instituto. E a região é conhecida por se falar um alemão bem próximo do Hochdeutsch, que é o que se aprende nos cursos.

Em abril fiz minha inscrição. Pagamento adiantado (eles só confirmaram a inscrição depois que foi confirmada a transferência bancária); não sei se essa parte é negociável... pelo que andei vendo, é uma condição obrigatória.

Por que o Goethe? Até pesquisei opções mais em conta. O problema é que esbarrei em algumas coisas com más referências e, como já fiz curso no Goethe, tinha mais confiança neles. De qualquer forma, vale a pena olhar aqui. [Aliás, esse blog é divo! Vale muito a pena curtir no Facebook também]

Confirmado o pagamento, recebi alguns documentos com mais orientações. Fiquei sabendo, por exemplo, que o restaurante oferece opções vegetarianas. Como eu não sabia disso antes, tinha optado por não incluir refeições. Mas parece que vou poder fazer isso à parte.

Recebida essa comunicação em abril, eles não entraram mais em contato até umas 2-3 semanas atrás, quando recebi o link para um teste de nível. O estilo é esse aqui. 70 questões objetivas e uma redaçãozinha de 150 a 200 palavras. 

Enquanto o pessoal da Universidade de Pécs tinha enviado alguns e-mails faltando pouco para o curso de húngaro - com orientações básicas sobre trens, hospedagem em Budapeste para quem precisasse, etc -, no caso do Goethe praticamente não tive contato com a equipe na reta final para o curso. O que até é possível entender, já que esses cursos intensivos são oferecidos o ano inteiro. Em vez de se ocupar conosco, eles estavam ocupados com a turma anterior, ora! Mas parece que o esquema é mais impessoal mesmo. Esse é um assunto que deve reaparecer nos próximos posts.

Edit (abril/2014): tenho amigos que fazem cursos no Goethe em Brasília e, quando foram fazer curso na Alemanha, pediram ao pessoal do Instituto aqui para ajudar durante a fase de inscrição - por exemplo, pesquisar e intermediar hospedagem. No meu caso, optei por entrar direto em contato com a equipe da Alemanha pela internet; mas vale a pena saber que existe essa opção.

Tirando a poeira...

Olá, leitores do blog!

Sei que ainda quero escrever um bocado de coisas sobre os cursos de húngaro e sobre Pécs. Fico triste em não aparecer regularmente por aqui, mas enfim... motivos de força maior! As coisas no trabalho andam bem puxadas. Ou andavam, pois estou curtindo agora a segunda parcela das férias. \o/

E o que resolvi fazer? Um curso de idiomas, ora! Dessa vez estou em Göttingen, na Alemanha, e pretendo contar um pouco sobre minhas peripécias. É interessante: quando procurei blogs com relatos (ao menos em português) não encontrei quase nada sobre esse curso. Até tem gente que começa e, quando os estudos vão ficando mais puxados, para de alimentar seus blogs (se bem que estou sem moral para falar isso, hahaha!)

Obs: tanto não esqueci o húngaro que tenho soltado uns "igen" em vez de "ja" quando converso com as pessoas por aí. :-)

Até mais!