sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Aviso aos navegantes

Olá, leitores (tem alguém aí?)!
Só avisando, com atraso, que não me esqueci do blog. Primeiro foi uma tendinite e agora, gripe! Mas pretendo voltar em breve em meados de abril, belê?
Fui!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Filme - Zimmer Feri 2

Sério, gente... estou devagar com aqueeeles filmes que comprei na viagem!

Aproveitei o feriado para ver este aqui:

Se o Youtube derrubar o link, procure "Zimmer Feri 2" e confira

O título é um jogo de palavras: Feri é apelido de Ferenc (o equivalente a Francisco). Zimmer frei [repare na inversão de duas letrinhas], em alemão, seria algo como "aluga-se quarto" (literalmente, "quarto livre"). Alemão é um idioma estrangeiro bem popular na Hungria; por sinal, vi umas placas de "Zimmer frei" em casas situadas nas colinas Mecsek.

E o filme? É sobre uma família - Feri (que na versão em inglês vira "Fred"), Vilma, a filha deles (Rózsi), o genro Pista e os dois netos - que compra um castelo a preço baixíssimo. O imóvel tem fama de ser mal assombrado e eles querem transformá-lo num hotel. É uma comédia bem no estilo Sessão da Tarde [relevem a peituda do trailer, é a única cena desse tipo!]. Tipos extravagantes, câmera às vezes acelerada e às vezes lenta, humor ingênuo que não me fez gargalhar, mas me fez torcer pelos personagens.

Mais informações (em húngaro) no site da distribuidora, aqui.  
O filme, de 2010, é sequência de uma comédia filmada em 1998 - que não está no meu pacote de DVDs e pode ser vista aqui:

 Zimmer Feri, filme completo

Ficha: Zimmer Feri 2 ("Haunted Holiday" na versão em inglês) (2010). Diretor: Tímár Péter. Duração: 92 minutos. Com Gábor Reviczky, Judit Pogány, József Szarvas, Vanda Kovács e outros. Megafilm. DVD com legendas em húngaro [preciso confirmar] e inglês.

Gororoba do dia: bolinhos de tofu e arroz negro

Aproveitei o feriado para inventar uma receita gororobística:
Ficaram com cara de cookies

Vamos aos ingredientes:
- aprox 3/4 xícara de arroz negro cozido (essa medida é do arroz já pronto);
- 1 batata média cozida e sem pele
- aprox 1-1,5 xícara de farinha de rosca
- aprox 1/2 xícara de castanha de caju triturada
- 300g de tofu drenado
- 2 dentes de alho esmagados
- sal a gosto (usei 4 pitadas)
- 1 colher (chá) de páprica

Preparo: amasse e misture todos os ingredientes, exceto a farinha de rosca. A consistência é de uma espécie de purê. Vá acrescentando a farinha de rosca para deixar a massa mais sequinha, consistente e fácil de ser moldada. Forme bolinhos achatados e disponha-os numa forma untada e/ou antiaderente. Cerca de 30-35 minutos de forno pré-aquecido. Rende cerca de 50 bolinhos e o que sobra eu ponho para congelar. Acredito que se fritar dê certo também, mas não tentei.

Não sou grande fã de tofu. Procuro consumi-lo porque é saudável, boa fonte de proteínas e fitormônios. Para disfarçar um pouco a sem-gracice do dito-cujo, volta e meia invento esses bolinhos. Dessa vez usei algumas coisas que estavam sobrando em casa, como o arroz negro - que comprei em promoção, óbvio, porque normalmente é caro que só. Usei o orgânico da Fazenda Tamanduá, que tem uma aparência mais heterogênea e uns grãos mais durinhos se comparado ao arroz negro da Ruzene, por exemplo.


A ideia era usar menos arroz e mais batata. Só que a bonita aqui não teve paciência de esperar a batata cozinhar direito e foi preciso mudar um pouco os planos. No final acho que ficou até melhor. A páprica também deu um toque especial. [E também, imaginem que vou desperdiçar a páprica que trouxe da Hungria! Vou usá-la em todas as receitas].

Uma outra receita mais básica leva os seguintes ingredientes:
- 300g de tofu drenado;
- 5 batatas médias ou 6 pequenas;
- 1 a 1,5 xícaras de farinha de rosca;
- 2 dentes de alho;
- cebola, salsinha
- sal (q.s.p.);
- qualquer coisa para dar um pouco de cor e sabor aos bolinhos: legumes, colorífico, açafrão... se fizer só a receita básica, fica muito sem graça!

Aí você pode perguntar: por que batata e farinha, se elas têm o mesmo tipo de nutrientes? É que a batata dá liga, e a farinha ajuda a secar um pouco a massa, deixando-a menos grudenta e mais fácil de moldar. Acho que dá para substituir a batata por milho, mandioca ou abóbora (ou quem sabe até por algum tipo de leguminosa), e a farinha de rosca por farinha de mandioca, farinha de milho ou até aumentar a quantidade de castanha triturada.

Usei o tofu da Ecobras. Eu já tinha consumido outros produtos da mesma marca, mas achei esse tofu meio fedidinho, e olhem que estava dentro do prazo de validade. O da Samurai Foods estava com uma cara melhor, mais clarinho... mas custava 5 reais a mais. Pode ser alguma diferença no processo de fermentação. Vai saber...

Enfim, se alguém mais quiser arriscar essa receita e contar o que achou, fique à vontade!

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Excursão a Siklós e Villány - parte II

Para quem chegou pelo Google, aqui está a parte I.

Continuando o passeio no museu do castelo, vimos algumas peças bonitinhas:


Outra parte da exposição reproduzia moradias antigas, com móveis de época, retratos, etc:
Não me lembro de ter visto placas informando sobre a vida dessas pessoas que aparecem nos retratos. Uma coisa que vi em outros museus que funcionam em castelos na Hungria é a, digamos, escassez desse tipo de sinalização. Uma vez me disseram que é para não descaracterizar o local, o que faz sentido. Mas que fiquei curiosa, fiquei!

O que aconteceu com o quadro da esquerda e com a pintura da parede nessa área? [Clique e amplie]

Numa outra sala, uma pequena exposição sobre Vuk Stefanović Karadžić, linguista e folclorista que organizou as bases do idioma sérvio. Mais sobre ele no artigo da Britannica e, claro, na versão em inglês da Wikipédia

Que bigode é esse?!
Você acha que aprender sérvio deve ser difícil? Imagine se o Vuk Stefanović não tivesse feito esse trabalho...

Achei interessante o tema dessa exposição, já que - ao que parece - existe um certa tensão, talvez uma antipatia mútua entre os vizinhos da Sérvia e da Hungria. Nacionalismos latentes, divisões territoriais nos períodos de guerra... mas o fato é que existem minorias sérvias na Hungria e húngaras na Sérvia.

 Uma das maquetes do castelo

 Bolas de boliche? Onde estão os furinhos? OK, são balas de canhão [#semgraça]

Numa outra sala, havia uma exposição sobre os brigadistas e/ou bombeiros da cidade:


Numa outra sala, exposição de vinhos e de equipamentos usados nas vinícolas:
 
 Num dos corredores estavam expostos trabalhos feitos pelas crianças de escolas da região. Achei bonitinho e fotografei também, ora!



Esse eu achei tão fofo!


Quase saindo do castelo, reparei na porta de acesso à prisão. Já estava todo mundo voltando para o ônibus e não deu tempo de explorar essa parte:
Detalhe do acesso à prisão

E, na saída do castelo...
 Detalhe do portão

Área externa

O ônibus seguiu então para Villány, que fica numa região conhecida pelas vinícolas; e o roteiro era esse: janta e prova de vinhos.

 Videiras
Vista na área externa do restaurante
 
O restaurante era meio chiquetoso, mas os garçons eram simpáticos e tinham a maior disposição em explicar sobre os vinhos antes de servir. Fiquei na água mineral, que estava geladinha e bem gasosa (ainda está na minha lista fazer um post sobre a água!). De entrada serviram gazpacho. Eu nunca tinha provado gazpacho na vida (sopa fria de tomates? ahn?), mas não é que o danado estava bom? Os legumes refogados - abobrinha e berinjela ao estilo mediterrâneo, e batata refogada - estavam muito bons também.

 Detalhe do restaurante

E, para finalizar o post, outra foto tirada perto do restaurante com destaque para esse campo de lavandas:


Vou ficando por aqui. Feliz 2013!