quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Filme de hoje - Lora

Mais um post relâmpago... quase uma da manhã, não tem como sair muita coisa.

Hoje tivemos sessão pipoca. O filme foi o do trailer a seguir:


Achei o filme melhor do que pode parecer pelo trailer. É um drama com alguns momentos de humor - às vezes um humor até caminhando para o negro, mas nada muito pesado. A trama gira em torno de uma mulher dividida entre dois irmãos completamente diferentes e não conto mais para não estragar, OK? Para quem gosta de filmes com esses temas e que não sejam melosos, uma boa opção.

 A história é contada em tempos diferentes, como num quebra-cabeças. No começo é confuso; depois as coisas vão se esclarecendo. Mais ou menos a técnica do filme Panik, comentado neste post. Mas aqui o jogo de idas e vindas é feito de forma bem mais intensiva.

A atriz principal, Lucia Brawley, é norte-americana e gravou dois filmes na Hungria. Depois de um mês estava se comunicando em húngaro com a equipe (aqui). Eu já achei a mulher f*dástica por causa da interpretação e, sabendo que ela gravou em húngaro sem falar o idioma - e aprendeu durante as gravações - virei fã.

No Brasil tem o Leonardo Medeiros, que decorou as falas para o filme Budapeste, baseado no livro homônimo do Chico Buarque:


Aqui a entrevista dele sobre o processo. "Impossível"? "Pelo menos três anos"? Putz Léo, me desanimou agora... :-(

Vejam também esta outra entrevista.

Pessoal corajoso... pois só pronunciar direito as palavras e dizer as frases na entonação certa é um grande desafio! Um dia eu chego lá. E fui, porque já está bem tarde e amanhã temos mais um dia de aula.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Papo mulherzinha - fazendo as unhas

Hoje foi dia de... manicure!

Aqui - pelo menos no salão em que fui - não tem manicure todo dia e é preciso marcar com antecedência. Minhas unhas estavam um desastre e eu não estava nada disposta a comprar acetona e outras coisas para fazer as unhas em casa. Sem falar que, com esse calorão, mexer com esses produtos voláteis não é uma boa ideia. E eu queria aprender a técnica de fazer as unhas sem tirar cutícula.

A manicure era uma simpatia. Falava um pouco de inglês e eu, como meu húngaro super fluente de uma semana de curso... bem, não tivemos como bater muito papo - apesar de ela ter puxado um tradutor eletrônico e eu estar com o minidicionário à mão.

Para falar a verdade ela tirou um pouco de cutícula, sim - mas pouco e só dos dedos que tinham mais. Não usou alicate, e sim uma tesourinha de ponta curva (ahn? devia ser uma tesourinha específica). Apontou as estrias da unha do anelar e falou "vitamin" (uma das poucas palavras que entendi, huahua!). 

Muitos esmaltes cintilantes e, dos cremosos, a maioria era rosa médio ou vermelho. Escolhi o pink aí da foto (que, por sinal, não reproduziu direito a cor):

A marca é Orly e não vi o nome da cor. A manicure sugeriu uma cobertura com brilhinhos para aumentar a durabilidade do esmalte (mostrou no dicionário a palavra "duração", que não lembro agora) e achei uma boa.

Fiquei impressionada com a técnica de esmaltação: ela simplesmente passou o pincel e pronto! Nem precisou limpar com o palito. Em alguns países o pessoal tem a cultura de deixar a cutícula livre, a tal "esmaltação americana". Muitas brasileiras não gostam desse espaço entre o esmalte e a cutícula. Gostei do resultado, mas se o espaço tivesse ficado muito grande eu teria achado estranho.

Outra coisa diferente do que vemos no Brasil é a posição de trabalho. A manicure não fica naquele banquinho mais baixo. Fica em frente a uma mesa (como uma escrivaninha), com a cliente de frente para ela. A mão da cliente fica apoiada num rolinho de toalha.

No final, hidratante e massagem nas mãos. Gastei 1500 Ft e mais uma gorjeta, que depositei num cofrinho colocado sobre a mesa da manicure.

Moral da história: passei aperto com meu húngaro ultra-iniciante e agora estou aqui toda-toda com unhas pink.

Aqui as mulheres são mais radicais com essas coisas de unhas: ou é sem esmalte ou então supertrabalhada - gel, nail art, formatos diferentes, etc. Claro que existem as adeptas do esmalte cremoso sem efeitos especiais, mas não tanto como se vê no Brasil.

Comprei umas poucas futilidades cosméticas - incluindo um esmalte magnético que quero ver como funciona. Quem sabe isso fique para um próximo post!

Competição de culinária

Terça-feira e ainda não descrevi a viagem do último sábado?! É assim mesmo... os posts mais trabalhosos têm ficado para depois. 

Hoje à tarde tivemos competição de culinária. A coordenação do curso já tinha nos avisado, de forma que foi possível se programar com os ingredientes. A ideia era, na medida do possível, prepararmos pratos típicos de nossos países - e a maioria topou participar. Os participantes de um mesmo país optaram por formar grupos - o grupo dos russos, dos poloneses, dos alemães... - e assim tivemos alguns pratos bastante elaborados. As categorias eram três: prato principal, sobremesa e criatividade.

E eu, a única brazuca da turma, optei por uma solução bem simples (tadã, rufem os tambores...): brigadeiro!

Eu tinha comprado no Brasil as forminhas, o granulado e uma caixa de leite condensado. Tinha visto as galerias de foto no site do curso e achei que pouca gente iria participar. Mas aí... cerca de 80 pessoas na sala do evento. Fiquei frustrada por não ter levado mais leite condensado. A receita rendeu o pouquinho que vocês veem aí na foto.

Tem leite condensado para vender na Hungria? Sim, e é vendido em bisnagas. Mas não sei se tem a mesma consistência e a mesma concentração de açúcar, gordura, etc... então resolvi não arriscar.

O brigadeiro engrumou, ameaçou queimar... mas no final das contas fez o maior sucesso. E...

... ganhei a votação do concurso! \o/ Muita gente veio elogiar, perguntar como era feito, etc.

Aí meu prêmio (foto abaixo):


Um livro cheio de fotos e em edição trilíngue (inglês, húngaro e alemão).

Fiquei surpresa, já que pouca gente pôde experimentar os brigadeiros e algumas equipes tinham preparado sobremesas fartas e elaboradas. 

Então é isso, pessoal... vai a dica para quem quiser participar dos próximos concursos de culinária.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Comprando acepipes vegetebas

A compra de hoje foi numa loja de produtos naturais chamada Harmónia Reformház. Fica no shopping.
Vejam a foto:

O tempero é meio apimentadinho, mas muito bom! Custou 625 Ft.

Post relâmpago de hoje - Hino nacional da Hungria

Estava navegando no blog do Luis Nassif e trombei com este post. Bem no momento atual aqui do blog!

domingo, 5 de agosto de 2012

Será que agora vai?

Conversando com uma outra participante vegetariana sobre como é difícil fazer compras quando os rótulos são indecifráveis... outro dia fomos ao supermercado e ela me mostrou alguns produtos à base de soja. Acabei comprando as caixas que aparecem aí abaixo:

Diz ela que fica bom. Na verdade não consegui decifrar as instruções e nem tenho o material para preparar comida "de verdade" aqui. Quando voltar a Brasília, peço ajuda à universitária-tradutora-mor ("manhêê!!"), faço alguma coisa e posto o resultado aqui no blog, OK?

Sim, eu sei: "Como é que alguém compra um negócio que nem sabe direito o que é?"

Atualização (13/10/2012):  Aqui vai o link para as informações sobre a PTS em cubos (caixa número 3). O site tem versões em inglês e alemão, mas para essa página só encontrei a versão em húngaro.

Foto singela de hoje

Homenagem aos malucos que, como eu, gostam de tirar fotos de placas e fachadas.
Sim, já conheci outras pessoas que me confessaram isso.


Uma imagem vale mais que mil palavras (e aproveitando para falar sobre clima)

Gelateria italiana. Sorvete sabor torta sacher, com pedacinhos de chocolate e um pouco de geleia de damasco.


Outra imagem que diz tudo:


E aí, vai encarar?

O engraçado é o pessoal saber que sou do Brasil e soltar o "ah, então você está acostumada". Aí explico que Brasília está a 1.000 metros de altitude e que a coisa não é bem assim.

O tempo aqui, além de quente, é abafado; praticamente não venta. Lembra Mossoró ou Porto Velho, sem exagero. Mas o verão daqui tem algumas diferenças:

- apesar da sensação térmica desagradável, a radiação parece que não pega tão pesado: ando por aí sem óculos escuros e além disso não fico com marca de sol (o famoso "bronzeado urbano");

- os dias aqui duram bem mais: 14 horas e meia (aqui). Nas regiões mais próximas do Equador, essa diferença na duração dos dias de verão e de inverno praticamente não existe. É estranho ver o sol se pondo perto das 8 da noite. E, como o comércio aqui fecha perto das 18h durante a semana, fico meio desorientada. Já duas vezes aconteceu de um funcionário me "expulsar" (gesto universal de apontar o pulso esquerdo) porque a loja ia fechar. Sempre acho que é mais cedo do que realmente é.

- Não vi uma gota de chuva até agora.

Como tentar ter um pouco de conforto? 

- Bebendo água, muita água; saímos de um lado para o outro carregando aquelas garrafas de 1,5 litros. Aqui não tem bebedouros dando moleza nos corredores. Também não vi garrafas de 5 litros. No começo comprávamos garrafas e mais garrafas, mas agora estamos usando água da torneira para enchê-las.

- O alojamento não tem ar condicionado e as janelas quase não abrem. Algumas pessoas trouxeram ventilador. Quem puder trazer um daqueles miniventiladores, é uma boa.

- Roupas soltinhas, de tecidos naturais e cores claras. Calça jeans, basta vir vestida com uma (por causa do frio do avião). Trouxe outra na mala e me arrependi. Outra coisa: apesar do calor, as pessoas andam relativamente cobertas: praticamente não vi homens de regata ou mulheres de barriga de fora. No curso, aí é que isso não existe.

- No Brasil é comum as pessoas ajustarem o ar condicionado para ficar bem gelado. Aqui isso não acontece. Às vezes fico até em dúvida se o ar está ligado mesmo. 

- Já falei que tem que beber água?

E um sorvetinho de vez em quando não cai nada mal...

Comprando CDs, livros e filmes

Desde que cheguei aqui em Pécs, comprei pouca coisa de souvenir e umas besteirinhas que vão ficar para o próximo post. A gastança foi mesmo em livros, CDs e DVDs. O pessoal que vai continuar morando na Hungria depois do curso acha engraçado eu ter comprado tanta coisa, mas onde é que encontro esse material quando voltar ao Brasil? Nunquinha. E olhem que já explorei a Livraria Cultura do Conjunto Nacional e a Martins Fontes (ambas na Av. Paulista, em Sampa City) e é muito difícil encontrar material para estudo de húngaro. Dicionário mesmo eu nunca encontrei nesses lugares. Tenho um de bolso, comprado em Budapeste, e agora outros dois (um de húngaro-português e um português-húngaro) que comprei nesta viagem. 

Algumas editoras com publicações interessantes:
http://www.vevopont.hu/ - Iiiihh, não tem versão em inglês! Dicas: "nyelv" é "língua" (pode ser idioma ou a língua "física" mesmo) e "szótár" é dicionário. Manda bala!
-  Não encontrei nenhum site da "Corvina Books". Este link ajuda um pouco.
- Também não encontrei o site da Molilla Könyv. O livro que comprei foi este aqui.

Em relação ao conteúdo, prefiro dar mais uma examinada no material com calma antes de opinar. Acho que essa tarefa vai ficar para quando eu estiver de volta e tiver que estudar sozinha. Por enquanto estou usando basicamente as apostilas do curso.

Quanto aos preços, são bem variáveis - talvez um pouco mais baratos do que no Brasil. Na verdade é difícil saber, pois pode acontecer de um livro em papel couché sair mais barato que um dicionário pé-de-boi.

Falando um pouco das livrarias:
Alexandra: aqui em Pécs estive em duas lojas (não sei se tem outras): uma no shopping Árkád e outra na praça da mesquita. A loja do shopping tem a facilidade de ficar aberta aos domingos. Já a da praça fecha cedo, às 18h (aliás, o comércio aqui de modo geral fecha cedo), mas tem uma coisa que a outra não tem: CDs e DVDs. DVDs e dicionários ficam no térreo, livros de idiomas e CDs de música ficam no subsolo. Os filmes estavam em promoção por 700 a 900 Ft em média. Os CDs de música custam a mesma base do que se paga no Brasil: por volta de R$30 a R$35.

Libri: encontrei uma loja no centro de Pécs; também não sei se tem mais. Numa loja dessa rede, em Budapeste (na rua Váci), comprei um minidicionário bilíngue que tem salvo minha vida quando vou à rua.

 - Lira: assim como as anteriores, essa é uma rede com várias lojas espalhadas pela Hungria. Uma coisa que achei interessante é o que site tem uma seção só de livros do Paulo Coelho:


Como falei, as compras foram meio exageradas: 16 DVDs de filmes (quem resiste a uma promoção?) e 3 CDs de música. Estou vendo que vai faltar espaço na bagagem e, bem, espero não ter problemas com a Receita. Qualquer coisa, guardei todas as notas. E livros felizmente são isentos.

Vou comentando os filmes à medida que for assistindo e provavelmente só vai dar tempo depois que voltar. Difícil foi escolher os DVDs sem entender as sinopses. De as capas de DVD com texto em português já enganam, imaginem em húngaro... tiro no escuro total. Vamos ver o que sai dessa compra...

Um que comprei foi este aqui:


Filme: Abigél

Procurei o filme deste clipe [música: micsoda nő ez a férfi; filme: "Egy szoknya, egy nadrág"], mas quem disse que achei? Fica para a próxima.

Se você procura filmes completos no Youtube, digite "teljes film" e mande bala.

Agora os CDs de música. 
- E alguém ainda compra CDs hoje em dia?
Bem, confesso que tenho um tanto de músicas obtidas por métodos, ahn, alternativos. E foi isso que me permitiu chegar aqui já conhecendo o trabalho de alguns artistas. Daí, quando tive oportunidade, comprei tudo certinho. Enfim, essa seria uma discussão interminável...

Para finalizar o post, alguns videozinhos de música:

- O Bon bon está na estrada há algum tempo. O clipe aí abaixo tem uma estética meio anos 80 e o barrigudinho é uma figura!

Nem vagyok cukipofa
- Outro deles:

Megyek a holdra

Comprei os dois CDs mais recentes: Swing (2008) e Mindig úton (2010) e gostei mais do último.

A Eszter Bártok, ou Bartók Eszter (os húngaros dizem o sobrenome antes do nome e isso merece um futuro post) entrou na mídia a partir desses programas na linha Ídolos. No Brasil os participantes de programas assim dificilmente conseguem deslanchar, mas na Hungria parece que tem sido diferente.

Vamos a um clipe da Eszter (ainda não sei como vou escrever o nome do pessoal):

Repülnek a gondok

Um texto sobre a inversão do nome e sobrenome está aqui, no blog HungriaMania. Está há um tempo sem novos posts, mas a área de comentários tem se mantido ativa. Vale super a pena assinar as atualizações e, quando alguém comentar qualquer coisa, você fica sabendo. Vá lá e não deixe de conferir o arquivo de posts. Cultura, língua, política, entrevistas... sou suspeita para falar e não é por nada não, mas sou superfã do blog e do blogueiro, o Chico - que já me tirou algumas dúvidas com a maior gentileza.

Agora fui, tenho que estudar... e qualquer coisa - enquanto não aprendo a colocar um ícone de envelope aí na lateral -, é só escrever para o e-mail do blog. :-)

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Alimentação, CD, filmes, otras cositas más

Alguns comentários dispersos sobre o dia de hoje. Sobre o curso mesmo, preciso de um pouco mais de tempo para organizar algumas anotações. E tempo é algo que até tive hoje (não tivemos atividades do curso na parte da tarde), mas o alojamento ficou algumas horas sem energia elétrica (fizeram manutenção) e resolvi bater perna no centro. Acabei fazendo umas comprinhas.

Primeiro, pit stop na frutaria. As frutas aí da foto saíram por 90 forint, o que dá menos de R$0,90. Quero criar um post só sobre a questão da grana: custo de vida, essas coisas. De vez em quando vou postando alguma coisa para vocês terem uma ideia.

Hoje mais cedo, na lanchonete da faculdade...

O capuccino vem num copo de 200ml e o chocolate dá 50g. Saiu tudo por 400 forint (150 o capuccino e o 250 o chocolate). Compro barras de cereais por 80 forint.

De fato essa parte de alimentação sai bem mais em conta. Não sei se essas coisas aqui são mais baratas ou se é a Terra Brasilis que está muito cara... :-(

Para quem vive à base de chocolate e capuccino, outra perdição: a máquina da recepção aqui do alojamento:


Bem, como eu ia dizendo... não dá para viver só à base de chocolate e capuccino. Ainda bem que não vim fazer o curso de inverno, porque aí o estrago seria grande.

Aqui umas coisinhas que comprei no centro:


Filmes e CD's de música. O próximo post é sobre essa compra, OK? Na verdade nem tudo é tão mais barato aqui do que aí. Uma passagem de ônibus aqui em Pécs, por exemplo, sai por 280 Ft - mais ou menos a mesma ordem do que se paga no Brasil.

Aqui um frequentador assíduo do alojamento:


Todo dia ele pega um sol na escadaria do prédio. Já o campus é frequentado por uma gata frajolinha. Ambos são muito mansos e até meio oferecidos. Sempre aparece algum aluno disposto a mimar os bichinhos. Óun...

Hoje também fizemos uma visita noturna às colinas Mecsek, nos arredores da cidade e onde fica a torre de TV. Só uma coisa a dizer: é para os fortes! Ladeiras de 89° que não acabavam nunca e todo mundo com os bofes de fora. Participamos de algumas atividades em grupo - como uma espécie de gincana - com direito a caminhada em trilha. Muito bom e bem organizado! Pena que eu não tenha conseguido tirar nenhuma foto decente. Aliás, as fotos desses posts sobre Pécs têm sido um espetáculo à parte... ou não? (OK, não respondam).

Quando tiver as fotos - ou quando estiver menos destruída pelo sono -, edito este post para dar mais detalhes sobre o passeio, OK?

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Quem disse que húngaro é uma língua difícil?

Aqui vai a propaganda. Enganosa? Façam o curso e decidam...


OK: "room" e "consultation" estão em inglês mesmo, hehe!

São tantas emoções...

Pois é. Tantas emoções... #RobertoCarlosfeelings

Hoje as tais emoções me fizeram pagar um mico - pelo menos para quem, como eu, se incomoda em mostrá-las em público. Vá lá, eu sabia que isso ia acontecer em algum momento.

Hoje tivemos uma oficina de fonética e o exercício se baseou nessa música:

Tavaszi szél vizet áraszt (o Freddie Mercury cantou essa música num show em Budapeste e tem no Youtube!)

Não sei se porque me lembrei dos meus avós, infância, enfim... mesmo sem conhecer a música... não é que as lágrimas foram escorrendo? Fiquei super sem graça e, enfim, dispensei a hora do almoço para filosofar um pouco. 

À tarde vimos um filme ("Panik"): uma comédia meio dramática com várias tramas acontecendo ao mesmo tempo, num esquema de quebra-cabeças: o espectador monta as peças aos poucos - se bem que eu fiquei meio confusa, como sempre nesse tipo de filme; e legendas em inglês, no meu caso, significa perder algumas palavras chave. :-/

Confiram:


Não me lembro de ter visto algum filme húngaro em locadora... para quem quiser assistir a algum, acho que o mais fácil é... ahn, procurar em meios alternativos ou conferir se existe a versão completa no Youtube.

Por enquanto é só. Fui!

Novidades não tão novas - fazendo o curso de húngaro

A essa altura meus dois ou três leitores já sabem que estou na Hungria, mais precisamente na cidade de Pécs, fazendo um curso de húngaro.

Húngaro?!

Aqui vocês encontram uma divertida seção de FAQ explicando algumas coisas sobre essa língua tão diferente. A propósito, o nome do blog ("Nem beszélek magyarul") quer dizer simplesmente: "Não falo húngaro"! Tem sido uma frase muito usada por mim aqui. :-(

Apesar de ser descendente de húngaros pelo lado materno e ter ouvido meus avós conversando no idioma, nunca aprendi nada além das coisas clássicas: bom dia, obrigado, por favor e tal.

Então um dia algumas pessoinhas da família se reuniram e fomos a Budapeste. Um dos primeiros pontos que visitamos foi o mercado. Toda revista de turismo, nas matérias sobre a Hungria, fala sobre o mercado de Budapeste. Vale a pena.


Estavam organizando algumas pequenas exposições lá, e uma delas sobre cogumelos - explicando os tipos comestíveis e os venenosos. 

Minha mãe foi bater papo com a monitora e, lá no meio da conversa, contou que era emigrante e os filhos não falavam o idioma. 

"É...  :-(   Assim que as línguas morrem".

Fiquei com isso na cabeça e ora, por que não? E agora aqui estou eu. Vamos ver no que vai dar...

Cheguei domingo passado (hoje é quinta) e, depois de um tempo sem conseguir me conectar à internet, muito assunto se acumulou. Espero conseguir abrir a torneira dos posts e, principalmente, deixar aqui algumas informações caso mais alguém tenha curiosidade sobre os cursos de verão na Universidade de Pécs. Depois de tantos dias sem conexão e tanta coisa acontecendo, muito assunto se acumulou e não vou postar exatamente em ordem cronológica. Mas acho que ninguém vai se perder. Beleza?