sábado, 30 de junho de 2012

Exposição Índia! no CCBB

Que tal um passeio de tuk-tuk?


Tuk-tuk, riquixá e outras coisas interessantes podem ser vistos na mostra sobre a Índia que está acontecendo no CCBB até 29 de julho. Mais informações aqui. São cerca de 350 objetos e, segundo os organizadores, essa é a maior exposição sobre cultura indiana já realizada no Brasil. Filmes, fotos, trajes típicos, cartazes de filmes bollywoodianos... muita coisa interessante. Vale a pena conferir. A exposição está sendo realizada de terça a domingo, das 9 às 21 horas.

Obs: Não, não é permitido entrar nos veículos!

Aleatórias num dia de prova

Hoje saí de máquina em punho, mas faltou disposição para percorrer uma área tirando fotos que, no conjunto, mostrassem a cara do local. Não faltou só disposição, mas também tempo! Afinal, eu tinha uma prova marcada para o meio-dia.

Antes passei na 207 Sul e tirei essa foto:

Essas placas são comuns por aqui. Na verdade eu tinha fotografado também uma prova, a poucos metros da placa, de que as pessoas não têm feito a coisa certa. Mas achei melhor não expor essas coisas no blog. Apenas acreditem que existem muitas pessoas folgadas no mundo.

Depois, rumo à Ala Sul do Minhocão:


Essa foto da curvinha do Minhocão é master clichê, mas e daí? Apesar do concreto meio encardidinho, esse é um dos corredores mais fotogênicos dos prédios de Brasília [OK, acho que ficou específico demais. Corta!].

Por falar em coisas encardidas, a próxima foto mostra um papel amarronzado pelo tempo: 


Não consegui dar um jeito de tirar uma foto em que ele estivesse legível... o que está escrito aí é: "SERVDAT - o modo mais prático e rápido de resolver seu problema de datilografia". Caramba... fiquei muito curiosa para saber quando esse cartaz foi colado aí.

Passando numa das salas onde tinha acabado de haver aula:


E aí, entenderam tudo?...

Sobrou uma foto aleatória que vai para o próximo post. E sim, sobrevivi à prova de hoje! :-)


quinta-feira, 28 de junho de 2012

Sobre a duração das coisas e... tingimento de roupas

Escrevi outro dia sobre coisas que compramos e não duram nada. Só que nem sempre é de um produto de má qualidade. Pode ser simplesmente aquela sua peça de roupa preferida, já maltratada amaciada pelo uso... e agora?

Desde que mudei de emprego e não uso mais uniforme para trabalhar, tenho passado por esse problema. Um pouco de criatividade pode resolver: água sanitária para um desbotado tie-dye? Pode ser, mas saiba que a peça vai ficar com uma cara riponga.

Outra solução é o tingimento. Já renovei algumas peças dessa forma. Nunca tive coragem de fazer em casa, sempre recorri às tinturarias. A última vez foi com uma calça de um tom creme bem clarinho. O  tecido estava com manchas, acredito que de água sanitária. A barra estava com um encardido da terra vermelha do cerrado que não saía de jeito nenhum. Mostrando a cartela de cores, a funcionária de Lavanderia Natascha (404 Sul) disse que a única cor possível seria essa aí (foto com flash):


Saiu por 40 reais (tive que pagar adiantado), prazo de 10 dias e ela disse que talvez não desse certo, pois o tecido não era 100% algodão. Como eu gostava muito da calça, achei que valia a pena assumir o risco. Ainda não a usei desde a tintura e não faço ideia de quanta tinta vai sair na primeira lavagem.

Algumas dicas sobre tingimento de roupas neste link.

Se o tecido estiver muito desgastado, pode rasgar no processo industrial da lavanderia. Isso aconteceu com uma saia que mandei tingir há muitos anos. Era uma saia rodada, comprida, que ficou com um rasgo na horizontal acima dos joelhos. O dono disse que pagaria o serviço de bainha - e eu ficaria com uma sainha de dançarina de lambada. Sem chance! Bati o pé e não paguei - afinal, como ele mesmo disse, a funcionária errou na hora de avaliar o estado da peça. O problema é que eu tinha entregue também uma calça jeans e essa tinha dado certo. O homem queria que eu pagasse o serviço da saia para poder levar a calça.

Ficaram as lições:
- se possível, levar uma peça de cada vez!
- É muito importante o funcionário fazer uma boa avaliação do estado da peça. Claro que surpresas sempre podem ocorrer. Mas, com uma boa avaliação, o freguês sabe do risco e pode assumi-lo ou desistir do serviço.

E vocês, meus dois leitores... já mandaram tingir roupa alguma vez?

terça-feira, 26 de junho de 2012

Delicast - TV e rádio em streaming

Há muitos e muitos anos [ops!], ganhei um som que sintonizava rádio em ondas curtas. Na época eu estava começando a estudar idiomas e ficava horas tentando sintonizar alguma coisa interessante para poder praticar. O tempo era gasto nisso mesmo: tentativas de sintonizar as estações. Nessa época o espectro já era bastante poluído e o que mais se ouvia eram chiados.

Felizmente hoje existe o streaming. Melhor ainda: existem os sites que organizam tudo direitinho. A dica de hoje é o Delicast. Emissoras de rádio e televisão listadas por continente e país:


Como explica a legenda, em verde aparecem as emissoras que usam Windows Media Player. Em laranja, as que usam outras interfaces. Isso é importante se você, por exemplo, não tem o WMP licenciado. Num outro computador que tive, o sistema simplesmente se rebelou contra meu player obtido por métodos alternativos [cof, cof] e não quis mais executá-lo (tudo bem... baixei o Winamp e fui ser feliz). 

A informação sobre a interface também é importante se seu monitor trabalhar com uma resolução menos convencional: talvez a janela aberta pelo navegador simplesmente não caiba na sua tela! Eu, por exemplo, uso um monitor 1366 x 768 e sofro um bocado com alguns sites que usam frames. Deve haver alguma solução para isso, mas não cheguei a um grau de nerdice que me permita descobrir essas coisas.

Antes que eu continue me desviando do assunto do post... bem, a internet nos permite viajar virtualmente, o que é ótimo quando o tempo e o dindim (esse pequeno detalhe) andam tão escassos... então aproveitem!

domingo, 24 de junho de 2012

Feitos para não durar

Hoje tirei uma foto com o celular. Nesses 5 ou 6 anos que estou com ele nunca consegui conectá-lo à internet, e o preço do cabo que liga o aparelho ao computador nunca me pareceu interessante. Ou seja: as fotos ficam presas no aparelho. Sem problemas, tenho uma câmera! O problema é que nem sempre a levo na bolsa.

Quando vejo todo mundo usando celular para bater fotos e acessar a internet, vem a pergunta: quando e por que vou trocar meu aparelho? Espero que não seja por motivo de roubo! Será que alguma nova tecnologia vai torná-lo inviável? Será que um dia ele vai dar algum defeito que não compense consertar?

Até que ponto somos livres para decidir quando vamos nos desfazer de nossos bens de consumo? É disso que trata o documentário "Comprar, trocar, comprar" (ou "The light bulb conspiracy"), da diretora Cosima Dannoritzer. O filme, lançado em 2010 e disponível aqui:




trata de um conceito chamado "obsolescência programada": para estimular o consumo, as coisas estariam sendo feitas para não durar. O filme, que eu ainda não vi até o final (shame on me! Estou parecendo o Sílvio Santos: "não vi o filme - rá rai! mas minha mulher e minhas filhas n° 3 e 4 viram e dizem que é muito bommm!"), começa logo com um rapaz que precisa consertar uma impressora. O conserto custa mais do que comprar uma nova.

O título em inglês vai direto à ideia de conspiração. A entrevista da diretora reforça isso quando ela fala sobre lendas pesquisadas na internet. Outras referências aqui e aqui.

Tenho um pé atrás com filmes sobre teorias conspiratórias: mesmo quando a coisa parece verdade, os diretores se mostram tão obcecados em mostrar essa "verdade" e todos os seus resultados que me sinto alvo de uma lavagem cerebral. De repente tudo gira em torno daquela conspiração! Como assim?

Mesmo assim, foi impossível não me identificar (afinal não é que eu creia em bruxas, mas...). A própria impressora é um exemplo. Já comprei uma que, depois de um mês, apresentou problemas na placa lógica e o reparo seria mais caro do que uma nova. Por algum motivo que não me lembro, a garantia não cobria a troca.

No caso de produtos de alta tecnologia a obsolescência vem logo, e não vejo muito como poderia ser diferente. Mas talvez se pudéssemos mandar consertar nossos gadgets e esses reparos tivessem preços viáveis por mais tempo, isso poderia ser amenizado.

Em tempos de Rio +20, o assunto voltou à discussão. Afinal, mais consumo representa mais lixo. E o que fazer com ele?

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Jabá no Facebook?!

Pois é... como dizem os economistas, não existe almoço grátis. A internet está aí e a turma quer ganhar dinheiro com ela!

Tenho umas duas pessoas na minha lista do Face que... bem [cof, cof], configurei seus perfis para não ver as atualizações que elas enviavam. Eram pessoas que postavam compulsivamente (acho que bem mais de 10 postagens por dia, todo dia!), sobre os mesmos assuntos, e acabavam dificultando que eu visse as atualizações dos outros amigos que o Sr Zuckerberg gentilmente define serem os que devem aparecer na minha página.

Então veio a surpresa: uma dessas pessoas bloqueadas clicou numa página patrocinada e esse feed apareceu para mim! Como pode?!

Talvez seja isso aqui, ó: usuários "turbinados" para visualizações por um maior número de amigos. Você paga e suas atualizações aparecem para mais gente. Simples, não? Outra matéria aqui.

Resta saber se os usuários não vão perder a paciência com todo esse jabaculê. Ainda mais se não for possível escapar dos jabazeiros de plantão.

terça-feira, 19 de junho de 2012

"Não vai querer mais nada?"

Hoje fui a uma sorveteria (depois reclamo dos quilos a mais) e pedi um sorvete simples, uma bola, no copinho. 
- Só uma bola?
- Sim. [E já deve dar umas 200 calorias, sem falar no preço! Como assim, "só"?]
- Cobertura?
- Não.
- Vai querer água?
- Não.

 Pior foi outra vez. Pedindo um capuccino em outra loja.
- Eu queria um capuccino pequeno.
- Por que você quer o pequeno? Por que não pede o grande?
Simplesmente não respondi. Essa loja tinha um quadro afixado na parede sobre o cumprimento de metas, parece que eles vendiam bem.

Uma vez foi meu irmão que viu uma atendente levar bronca na lanchonete. Tudo porque ela tinha simplesmente registrado o pedido do cliente. O gerente estava por perto e disse: "você deveria ter oferecido mais alguma coisa. Um pacote de batatas, sobremesa..."

Acredito que no mercado de alimentos não haja comissão, mas existe a pressão da gerência para que os funcionários façam um trabalho de empurrar coisas para os clientes. A terceira história aí acima é um exemplo disso. 

Sinceramente, tenho sérias dúvidas se funciona. Eu mesma gosto de lugares em que recebo sempre o mesmo tratamento - seja pedindo comida para um batalhão ou só um café. De mais a mais, cada um sabe o tamanho da lombriga que tem no estômago... ou não?

PS: Nem vou falar sobre lojas de roupas, calçados, etc, porque isso sim renderia muitos outros posts!

Edit (14/07/2012): Impossível não me lembrar deste post. Hoje passei na Salad Creations - uma rede que vende saladas, sopas, etc - e... bem:

"Ahn... eu queria uma salada com alface americana..."
"Pois não, senhora! Um suco natural pra acompanhar?"
"Não.... eh... eu peço a bebida no final"; e prossigo pedindo os ingredientes vegetais e molho de...
"Alguma proteína?" [elas sempre perguntam se a gente quer acrescentar carne e eu digo que não, mas essa atendente pareceu até meio chocada; vamos aos ingredientes secos, peço um suco de caixinha e estou doida para pagar logo]
"Cookie?" [aceno negativamente com a cabeça]
"Bolo, sobremesa?"

Sério, parecia que ela não acreditava que alguém possa pedir "só" uma salada e um suco.

Essa "empurração" na Salad Creations acontece sempre e com certeza faz parte do treinamento dos funcionários. Só que hoje achei o bombardeio mais exagerado que de costume. Caramba, a loja é cheia de pôsteres e menus gigantes indicando as opções extras... será que eles não pensam que a gente pode querer alguma coisa por vontade própria, não? Que chato!

domingo, 17 de junho de 2012

Aprendendo gírias em inglês com Jessica Beinecke

Jessica Beinecke estudava jornalismo nos Estados Unidos, seu país natal, quando um dia resolveu estudar mandarim.

Não só estudou como decidiu postar vídeos ensinando gírias norte-americanas aos chineses e virou uma webcelebridade. Um dos vídeos de maior sucesso é este, que explica... ahn... cera de ouvido, remela, etc. Esse aí teve 1,5 milhão de acessos na plataforma de vídeos equivalente ao Youtube na China (matéria aqui).

Com o sucesso, a Jessica terminou por se transformar numa "embaixadora cultural" e agora apresenta um programa chamado Voice of America. Um daqueles casos de brincadeira que virou profissão... afinal, ela está no lugar certo e na hora certa divulgando dois idiomas cada vez mais exigidos hoje em dia. Aqui um exemplo.

Mais sobre ela (em inglês) aqui e aqui.

O que me diverte nos vídeos é o jeito empolgado e exagerado. Neste vídeo sobre maquiagem, ela não se contenta em mostrar os produtos: tem que usar! Neste outro, com cenas externas, ela ataca um copão de café.

E, para quem não entende nada de mandarim, pelo menos dá para aprender umas gírias em inglês!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Sofrendo para fotografar

post anterior, sobre a SQN 405, bati duas fotos da Escola Classe e escolhi esta. Só que a outra me agradou mais:
Achei que retrata melhor a escola: o ângulo, a casinha de força, o estudante uniformizado passando em frente... não sei. Apenas achei que, mais do que na outra foto, aqui o destaque vai para a instituição e não só para o prédio.

E porque postei a outra, então?

Simples: olha esse poste bem aí no meio.

É verdade que apago as placas dos carros para não expor os proprietários - afinal, eles não pediram para seus veículos serem fotografados. Mas, num caso como esse do poste... será que vale apagar esses "elementos estranhos" com Photoshop? Afinal, ele também faz parte da cidade. Mas que atrapalhou, atrapalhou.

Está ficando mais difícil do que eu pensava...

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Fotografando a cidade: SQN 405

Tirei essas fotos no início da semana e ainda não tinha conseguido colocá-las aqui no blog! Esse tipo de post com muitas fotos dá um trabalho razoável. O post sobre a SQN 302 não me deixa mentir.

As quadras 400 não estavam previstas no plano inicial de Brasília. Diferentemente das quadras 100, 200 e 300 - cujo gabarito padrão é seis andares - as 400 são formadas por prédios de três andares, geralmente sobre pilotis (os prédios JK ou IAPI, construídos em algumas quadras da Asa Sul, têm primeiro andar térreo e fogem ao padrão do pilotis).

Diz a lenda que os prédios das 400 tiveram o gabarito reduzido para não tirar dos outros moradores a visão do lago Paranoá. Eles seguem o chamado padrão "econômico": geralmente sem garagem nem elevador, área privativa em torno de 50 a 70 m² (os de dois quartos) ou 65 a 90 m² (os de três quartos). Existem alguns quarto e sala, mas acho que a maior parte é 2/4 mesmo - às vezes com o "terceiro reversível". Vou falar sobre isso mais adiante.

A questão é: o preço de venda de um apartamento no Plano Piloto (não conto os lançamentos, que praticamente não existem) está em torno de R$8.000 a R$9.000 o metro quadrado. O resultado é que esses imóveis, que um dia foram considerados "econômicos", hoje têm um preço de venda bem pesado. Como a alta dos preços é algo recente (de uns 4 anos para cá), o perfil dos moradores é variado: novos moradores com renda média/alta, pioneiros/aposentados (muitas vezes com perda de rendimento depois da aposentadoria), os filhos desses pioneiros, etc.

As quadras 403, 404, 405 e 406 são as mais antigas da Asa Norte. Foram construídas pelo Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários (IAPC) entre 1957 e 1959. Os prédios, construídos pela empresa Capuá e Capuá, têm apartamentos de dois quartos mais um reversível. Peguei essas informações em [1] (no final do post).

Quanto à posição dos blocos a quadras 403 e 404 são simétricas, assim como a 405 e 406. Os conjuntos 403-404 e 405-406 têm o mesmo posicionamento de blocos e desenho de arruamento. São 16 blocos residenciais em cada quadra.

Então vamos às fotos! Elas ampliam se clicadas.

Na figura abaixo, a banca de jornal logo na entrada da quadra. O dono percebeu que eu estava fotografando e fez uma cara meio desconfiada. Ao fundo, a Escola Classe 405 Norte:
Estacionamento entre os blocos G e H, perto da entrequadra comercial. A arborização é típica das quadras mais antigas de Brasília:
Outra do mesmo estacionamento, com destaque para os equipamentos de ginástica e a quantidade de carros:
Uma questão polêmica é a dos carros abandonados que podem ser vistos em algumas quadras. Quem resolve: Detran ou Administração Regional? Discussão eterna:
Abaixo vemos a fachada posterior do bloco I e a lateral do bloco H. Destaque para as janelas: no bloco I, um morador do terceiro andar trocou as ventanas da área de serviço por uma janela de verdade (mais à frente eu comento sobre isso). Ambos os blocos têm janelas nas laterais. Não é à toa que o apartamento "perfeito" dos anúncios de imóveis é "meio de quadra" (porque não pega o barulho do comércio), nascente, "de canto"... os apartamentos "de canto" (ou seja, na ponta do bloco) têm maior perímetro livre e mais opções de ventilação natural. Nas outras unidades, os banheiros ficam no meio do apê e a ventilação não tem saída externa - muitas vezes o jeito é usar um exaustor.
 Abaixo, a fachada principal do bloco F. Reparem no revestimento das portarias, em mármore (típico dos prédios mais antigos) e nas pilastras cilíndricas; quase todos os outros blocos tiveram esse detalhe alterado nas reformas seguintes:
Parque infantil em frente ao bloco J:
Escola:
Tirei duas fotos e, quando estava me afastando, uma aluna - devia ter seus 12 anos - gritou: "tira mais uma!". Fiquei sem graça e perguntei se ela queria que eu tirasse uma foto dela. Fez pose e me passou o e-mail da professora para que eu mandasse o arquivo depois, o que acabei fazendo. Uma figura! Essas fotos foram tiradas perto do meio-dia e alguns alunos estavam esperando depois da aula.

Na foto abaixo, detalhe do bloco J. Esse e o bloco C são assim, em desnível. Só vi isso na SQN 403 e SQN 405.
Mais uma do bloco J:
Olha quem eu vejo saindo do bueiro enquanto estou fotografando o bloco J:
Esse serzinho ficou na maior pose. Andou um pouco, sentou-se de novo... pela atitude vigilante e pela barriga um pouco distendida, fiquei pensando se não seria uma gata parida - mas não ouvi nenhum barulho de gatinho novo. Tentei alguns contatos para ver castração, adoção... sem resultados por enquanto.

Agora o bloco D, com reforma recente. Reparem nos toldos em algumas janelas, além da arborização "misturada": árvores antigas dividem espaço com palmeiras, que certamente foram plantadas há bem menos tempo e pelo pessoal do próprio condomínio:
Outro parquinho. Vemos a fachada posterior do bloco E (à direita) e a fachada principal do bloco C da SQN 406. O arruamento dessas quadras tem uma característica interessante: a rua de entrada, comum às duas quadras, se subdivide e não vai até perto da L2. Quando fui tirar essa foto, eu já não sabia em que quadra estava. Tive que olhar as placas. Imagino a confusão para os carteiros...
Quadra poliesportiva em frente ao parquinho da foto anterior:
Calçada com piso tátil ligando o parquinho/quadra de esportes à rua em frente ao bloco J. Estava em obras quando cheguei para tirar as fotos:
A seguir, a fachada posterior do bloco E. É comum, nesses blocos, os proprietários abrirem janelões. Confesso que uma coisa que sempre me deu implicância no projeto original dessas quadras são justamente as ventanas minúsculas. Imagine estender e passar roupa, cozinhar, etc, num ambiente escuro e sem ventilação natural? Como dormir no tal "quarto reversível" sem uma janela de verdade? Felizmente a solução adotada na maior parte dos outros projetos das outras quadras - os cobogós - é bem mais prática.
Realmente as fachadas despadronizadas ficam bem feiosas; mas, se o projeto original não oferece boa qualidade de vida, fazer o quê? Aí vem a tentação de reformar os apartamentos, criando janelões. O problema? Você vê na atualização no final do post.

O tronco dessa árvore tem uns 80cm de diâmetro:
Outro detalhe da arborização:
Central telefônica (acho que é!) em frente ao bloco Q:
Outro ângulo:
Este foi o passeio na SQN 405. Por enquanto postei só fotos do Plano Piloto que, afinal, é onde trabalho e passo a maior parte do dia durante a semana. Espero ter oportunidade de registrar outros lugares. Lembrando que se alguém quiser as fotos sem marca d'água, é só pedir pelo e-mail do blog.

[1]: FERREIRA, Marcílio Mendes & GOROVITZ, Matheus. A invenção da superquadra. Brasília: IPHAN, 2008.

Atualização (27/10/2012): Saiu na capa do Correio de hoje (clique e aumente):
 

Pois é: os prédios dessas quadras têm paredes com função estrutural - informação que, por sinal, consta no livro do Marcílio Ferreira e Matheus Gorovitz. Essas quadras foram planejadas para um pessoal de bolso não tão cheio e aí entram as técnicas para baratear a construção. 

Só que os antigos moradores seguiram um desses caminhos: ou melhoraram a condição financeira ou foram expulsos pela lei do mercado e substituídos por moradores de bolsos mais recheados. É a gentrificação, que citei no post sobre a 302. De um jeito ou de outro, o pessoal quer melhorar os apês. Nas pesquisas para atualizar este post, cheguei a ver um projeto de reforma no site de um escritório de arquitetura e adivinhem: derrubada de paredes num apartamento numa dessas quadras. :-/

Espero que tudo seja resolvido da melhor forma e nenhuma tragédia aconteça - como o desabamento dos prédios no centro do Rio, que ocorreu ainda este ano.

sábado, 9 de junho de 2012

Goulash vegetariano e mais um pouco de confusão

Atualização (13/10/2012): chegou aqui procurando receitas? Comece visitando este post.

[Continuando a partir daqui].

Um blog com o nome "Goulash de Soja" teria que falar sobre goulash em algum momento.  De preferência, que o goulash fosse feito de soja (dã!). Mas, por pura rebeldia, tentei uma outra receita vegetariana: esta aqui.

Antes de falar sobre a receita, um devaneio: gulyás quer dizer "comida de vaqueiros". Faz sentido falar em versão vegetariana para um prato em que a carne não é só mais um componente, mas é o próprio ingrediente básico? Essa é uma pergunta que eu só tentaria responder depois de testar várias receitas de goulash vegetariano, e com um bom conhecimento sobre goulash convencional - que, antes de ter parado de comer carne, eu só comi uma vez. 

Esta receita ficou com uma cara bem parecida; o problema são alguns ingredientes impossíveis de se encontrar por estas bandas. E, por falar em "ingredientes impossíveis" (agora voltando à receita do Cocinando con papá )... infelizmente não encontrei as castanhas portuguesas, nem ao natural nem em conserva. Só mesmo na época do Natal. Acabei substituindo por mandioquinha. Também usei suco de uva branca no lugar do vinho. O resultado está na foto abaixo:




Um alerta: o tempo de cozimento pode variar de uma preparação para outra de acordo com o tamanho e o material da panela. O ideal é usar uma panela grande (que eu não tinha) para que os legumes possam ficar bem refogadinhos. 

Não achei o resultado parecido com goulash... o da foto do site ficou mais. Agora, quer saber? Ficou uma delícia! Confesso que eu tinha ficado com um pé atrás, já que estava saindo da zona de conforto "alho-salsinha-sal-cebola". No final, valeu a pena. 

O inverno está chegando e um cozidão de legumes caprichado cai sempre muito bem. Pode se jogar!

Goulash e um pouco de confusão

Atualização (13/10/2012): chegou aqui procurando receitas? Comece por aqui
Atualizando de novo (abril/2014): resenha de uma versão industrializada de sopa de goulash comprada na Alemanha.
 
Goulash, gulyásleves, pörkölt, paprikás... quanto mais tentei pesquisar sobre essas coisas, mais me confundi. A maioria das referências que encontrei (como esta) diz que o guisado de carne conhecido como goulash tem outros nomes na Hungria (pörkölt e paprikás são algumas variações conforme o tipo de preparo). O que os húngaros chamam gulyás é, nos outros países, conhecido como "sopa de goulash". Veja aquiaqui para mais informações e, qualquer correção, é só fazer pelos comentários ou pelo e-mail . [Edit: aqui você também encontra um texto bem interessante]

Aliás, o que é esse blog Historias del Este? Já para a minha lista de favoritos! 

Voltando ao goulash (ou ao que nós chamamos assim), encontrei uma grande variedade de receitas. Umas levam ingredientes como tomate e vinho. Outros (exemplo nesta página) dizem que o tomate NÃO faz parte da receita tradicional do goulash e ponto final.

Quanta confusão! Melhor então encerrar este post e continuar aqui

quinta-feira, 7 de junho de 2012

"Brasília 50 anos" - e cuidados na hora de comprar livros

O livro Brasília 50 anos - da capital à metrópole faz parte da coleção Brasília, organizada pelo professor Aldo Paviani e publicada pela Editora UnB.

Composto por diversos artigos, explica a história que levou à fundação da cidade; as primeiras comissões de estudiosos que demarcaram a área da futura capital - com todas as idas e vindas desse processo; a ocupação da região desde o período colonial; as marés políticas; os fluxos migratórios após a inauguração; o planejamento urbano e as situações que, para os primeiros urbanistas, não estavam no script: o aumento da população no Entorno, a questão dos condomínios e do uso do solo em geral... enfim, uma coleção de artigos com um perfil acadêmico que apresenta e discute uma vasta base de dados.

 
Gostaria de fazer uma resenha mais atualizada mas, como faz mais de um ano que li, acabei perdendo o bonde. Recomendo ver este link e também este se você quiser saber mais.

Então por que cargas d'água resolvi falar desse livro? 

 
1. Acho o assunto interessante, ora!

 2. Veja as fotos abaixo (clique para ampliar). Como os direitos são reservados, dei uma censurada geral:

 

O livro tem 490 páginas, mas o meu veio com 460. Não foi alguém que arrancou; foi falha da gráfica. Só notei depois de vários dias e já nem tinha a nota fiscal. Justamente um dos capítulos que achei mais interessantes! Frustração define.

Já comprei (e escapei de comprar) outros livros com problemas desse tipo: paginação trocada ou incompleta, páginas não impressas (sim, folhas em branco no meio do livro!)...

Então fica o lembrete: folhear o livro antes de comprar! Se não for possível, guarde a nota em local seguro e corra para conferir o seu livro assim que tiver a chance.

PS: Comprei um outro livro dessa coleção. Brasília, ideologia e realidade - espaço urbano em questão. É uma reedição de um dos primeiros livros lançados pelo grupo de estudos, ainda nos anos 80. Os dados e discussões são daquela época. Vale pelo resgate de um trabalho pioneiro. Mas, se você procura trabalhos com dados mais atualizados, fique com os volumes mais recentes da coleção - por exemplo, o Brasília 50 anos. Só não se esqueça de folhear antes, OK?

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Fotografando a cidade: São Paulo (dicas de sites)

Viajar está caro. Além disso, quem tem 365 dias de férias remuneradas por ano? :-/
Se não está fácil para ninguém, o jeito é viajar virtualmente... e, para quem gosta de passear "fotograficamente" em Sampa, vão algumas dicas:

- São Paulover: o Marcelo (ou Tchelllo, no fórum do Skyscrapercity), é supertalentoso. Gosto muito de como ele valoriza o aspecto humano da cidade. 

São Paulo Antiga: esse é voltado para a preservação do patrimônio histórico. Tem posts sobre a capital (maioria) e sobre o interior de SP também.

Esses são os que visito com mais frequência. Existem muitos outros, e quem tiver alguma sugestão é só deixar aqui nos comentários. 

Atualização (10/11/2012): infelizmente o Tchelllo saiu do fórum; mas o blog ainda está lá, firme e forte.

sábado, 2 de junho de 2012

Na papelaria - direto do túnel do tempo...

Hoje passei numa loja de material para artesanato na 102 Norte, uma quadra onde funcionam estabelecimentos desse tipo. A loja ocupa todo o subsolo do prédio - é enorme!

Vi coisas que nem imaginava que ainda existissem: pantógrafo? Pois então:


Foto tremida... shame on me! Nem coloquei marca d'água para não passar mais vexame.

O pantógrafo serve para desenhar figuras em escala reduzida ou ampliada; não posso dar mais detalhes porque nunca usei. Aqui tem um vídeo explicativo:


Gabaritos para desenho? Tem também:



Vi pranchetas, cavaletes... coisas que eu imaginava terem sido extintas pelo AutoCAD. Tintas para craquelê (alguém se lembra das aulas de arte no colégio)? E coisas mais modernas, como material para scrapbooking? Também vi por lá. Deu até vontade de voltar a brincar com essas coisas.

Para quem se interessar, a 102 Norte é o paraíso dos cursos para artistas e aspirantes a artistas: fotografia, artesanato... tem aqui e em outras lojas, como a Casa do Artesão. Cursos na área de gastronomia, organização doméstica... também tem. Vejam aqui

Bom para quando a gente tira férias e não pode viajar!